Economia

Reajuste dos aposentados deve ficar mesmo em 6,14 %, diz líder do governo

Nesta semana, Vaccarezza chegou a anunciar uma nova proposta que seria elevar para 7,7% o aumento para os aposentados

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h42.

Brasília - O reajuste dos aposentados e pensionistas que recebem mais de um salário mínimo por mês da Previdência Social deverá ficar mesmo em 6,14 %, como estabelece a Medida Provisória 475, editada pelo governo no inicio do ano. A informação foi dada há pouco à Agência Brasil pelo líder do governo na Câmara, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), que também é o relator da MP.

"A base governista perdeu a oportunidade de assumir uma proposta que fosse melhor que os 6,14 % constantes da medida provisória", disse Vaccarezza, ao justificar que a falta de acordo para fechar o reajuste em 7% levou o governo a manter o reajuste proposto na MP. O deputado vinha negociando com os líderes da base aliada a elevação do reajuste para os aposentados para 7 %, em vez dos 6,14%.

Como os aliados não aceitaram a proposta feita pelo líder por Vaccarezza, o governo decidiu então manter o reajuste constante da MP. O petista disse que mesmo que a Câmara aprovasse um reajuste de 7%, na votação no Senado esse percentual seria aumentado. Por isso, o governo decidiu fechar com o reajuste da MP. Com a elevação para 7%, "o governo já ia ter um rombo a mais no orçamento de R$ 1,1 bilhão", disse o líder.

Enquanto Vaccarezza negociava na Câmara a elevação do reajuste para 7%, o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), e outros líderes no Senado negociavam com aliados na Câmara um reajuste de 7,71 %. Essa negociação no Senado chegou a irritar o líder governista na Câmara.

Nesta semana, Vaccarezza chegou a anunciar uma nova proposta que seria elevar para 7,7% o aumento para os aposentados que recebem até R$ 1.395 e manter em 6,14% o reajuste para os aposentados que recebem mais do que R$ 1.395,00. Ele prometeu negociar essa nova proposta com o governo, mas disse que dependeria de questões jurídicas. O governo ficou de estudar os aspectos jurídicos da proposta e concluiu que não era possível conceder o aumento diferenciado, "não tem base jurídica".

"A bola está com a base aliada do governo na Câmara", disse o líder, ao afirmar que se os aliados resolverem a aceitar os 7% de reajuste. Ele voltará a negociar esse percentual com o governo. Vaccarezza informou que apresenta seu parecer à MP na terça-feira (27) para votação no plenário da Câmara com o reajuste de 6,14 %. "Os 7% de reajuste eu apresentaria no parecer se houvesse acordo com a base aliada." O grupo também pediu ao Fundo Monetário Internacional que prossiga com seu trabalho junto ao setor financeiro.

O G20 agrupa os países do G7 (Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Grã-Bretanha, Itália e Japão) e outras das principais economias do mundo (África do Sul, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, China, Coreia do Sul, Índia, Indonésia, México, Rússia e Turquia), assim como a UE.

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