Economia

Reformas econômicas seguem em "passo firme", diz Raúl Castro

O presidente anunciou que a partir do primeiro trimestre de 2013 começarão as experiências e testes de "técnicas modernas de gestão em entidades produtivas e de serviços"

Raúl Castro: "Valorizamos o fato de que o modelo econômico cubano (...) caminha a passo seguro e começa a abordar questões de maior alcance", disse o presidente (AFP/Omara Garcia Mederos/AFP)

Raúl Castro: "Valorizamos o fato de que o modelo econômico cubano (...) caminha a passo seguro e começa a abordar questões de maior alcance", disse o presidente (AFP/Omara Garcia Mederos/AFP)

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Da Redação

Publicado em 14 de dezembro de 2012 às 06h45.

Havana - O presidente cubano, Raúl Castro, afirmou nesta quinta-feira que as reformas econômicas seguem em "passo firme" e serão aprofundadas visando preservar o socialismo na Ilha, onde as empresas estatais começarão a aplicar "técnicas modernas de gestão" em 2013.

"Valorizamos o fato de que o modelo econômico cubano (...) caminha a passo seguro e começa a abordar questões de maior alcance, maior complexidade e profundidade", disse o presidente cubano, de 81 anos.

Raul Castro destacou que as mudanças "partem da premissa de que tudo o que for feito visa a preservação e o desenvolvimento em Cuba de uma sociedade socialista sustentável e próspera, única garantia da independência e da soberania nacional".

O presidente anunciou que a partir do primeiro trimestre de 2013 começarão as experiências e testes de "técnicas modernas de gestão em entidades produtivas e de serviços com superior autonomia para elevar seus resultados e eficiência", algo que se estenderá às demais empresas estatais na Ilha.

Raúl Castro, que substituiu seu irmão Fidel em 2006, deu início a reformas para tornar mais eficiente o esgotado modelo econômico centralizado, de desenho soviético, que Cuba seguiu durante quase meio século.

As reformas, que o governo qualifica de "atualização" do modelo socialista, abriram espaço à iniciativa privada e ao trabalho autônomo.


Como parte das medidas, o governo entregou terras estatais para lavradores e pecuaristas, autorizou a venda de imóveis e carros, permitiu a criação de cooperativas não agrícolas e criou conglomerados de empresas estatais, similares aos existentes em países capitalistas.

Havana também suspendeu diversas proibições que pesavam sobre os cubanos, como a posse de celulares e restrições a viagens ao exterior (a partir de 14 de janeiro).

"Estamos avançando para reduzir o endividamento externo sobre a base do estrito cumprimento dos compromissos financeiros assumidos nos últimos anos, o que permite ir recuperando a credibilidade internacional na economia cubana", destacou Raul Castro.

"É preciso reduzir o imobilismo, a superficialidade e a improvisação que persistem na maioria de nossos investimentos", concluiu o líder cubano.

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