Economia

Rajoy não renuncia a resgate mas decisão não está tomada

O premiê espanhol deu a entender que a solicitação não acontecerá antes do fim do ano


	Mariano Rajoy: "no momento, nós temos cobertas praticamente a totalidade das emissões deste ano"
 (©AFP / Javier Soriano)

Mariano Rajoy: "no momento, nós temos cobertas praticamente a totalidade das emissões deste ano" (©AFP / Javier Soriano)

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Da Redação

Publicado em 6 de novembro de 2012 às 07h36.

Madri - O presidente do governo espanhol, Mariano Rajoy, afirmou nesta terça-feira que não renuncia a pedir um resgate global para a economia do país que permita aliviar as tensões sobre a dívida soberana, mas destacou que a decisão não está tomada.

"Não renuncio a utilizá-lo se for conveniente", afirmou em uma entrevista à rádio Cadena Cope.

"O governo não tem nenhuma decisão tomada a respeito", completou.

Mariano Rajoy deu a entender que a solicitação não acontecerá antes do fim do ano.

"No momento, nós temos cobertas praticamente a totalidade das emissões deste ano. Inclusive já há empresas que se financiaram no mercado da dívida", acrescentou.

"Se observarmos que durante muito a Espanha consegue financiamento a preços muito elevados, então teríamos que pedir, mas também é muito importante saber qual seria a atuação concreta do Banco Central Europeu (BCE)", completou.

A possibilidade da quarta economia da Eurozona ter que solicitar um resgate global, depois da linha de crédito aberta pela UE para seus bancos, existe há vários meses. A economia da Espanha sofre os efeitos da desconfiança dos investidores.

A solicitação formal de resgate é a condição imposta pelo BCE para ativar o programa de compra da dívida soberana no mercado secundário, destinado a reduzir o elevado custo que a Espanha para para obter financiamento.

Na mesma entrevista, Rajoy afirmou que espera ter condições de baixar os impostos em 2014.

"Hoje não tenho pensado em tomar nenhuma decisão de aumento de impostos, espero que não seja necessário", disse, antes de revelar que espera poder reduzir as taxas em 2014.

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