Mariano Rajoy: "Nós só vamos usar o mecanismo se for necessário para defender os interesses dos espanhóis e, se não for, então não vamos usá-lo", disse o primeiro-ministro (REUTERS/Eric Vidal)
Da Redação
Publicado em 14 de dezembro de 2012 às 09h37.
Madri - O primeiro-ministro da Espanha, Mariano Rajoy, disse que a quarta maior economia da zona do euro só pedirá ajuda do Banco Central Europeu (BCE) se precisar, na mais clara indicação até agora de que Madri está considerando a opção de ignorar um pedido de ajuda totalmente, uma ação vista como inconcebível algumas semanas atrás.
Em entrevista a uma rádio, um pouco antes do início da segunda rodada de discussões da cúpula da União Europeia, em Bruxelas, Rajoy disse que a Espanha, "a partir de agora", não precisa de ajuda, mas ele não podia descartar que essa ajuda será necessária daqui para frente.
Em declarações anteriores, Rajoy e outros membros do governo da Espanha adotaram muitas vezes a posição de que a Espanha estava analisando todas as opções, mas evitaram dizer abertamente que era possível que o pedido de ajuda não fosse feito - esperando, ao invés disso, a hora adequada de fazê-lo. O BCE se ofereceu para comprar a dívida do governo para reduzir os custos de financiamento: usando um mecanismo chamado de transações monetárias diretas (OMTs, em inglês), mas somente após os governos pedirem.
"Nós só vamos usar o mecanismo se for necessário para defender os interesses dos espanhóis e, se não for, então não vamos usá-lo", disse Rajoy. "Eu não sei de qualquer um dos 27 países (na UE) que descarta um pedido, aconteça o que acontecer." As informações são da Dow Jones.