Economia

Rajoy diz que reforma financeira terminará em até 3 semanas

Governo espanhol garantiu que manterá a promessa de diminuir o déficit apesar da piora nas previsões de crescimento do país

Mariano Rajoy defendeu a necessidade das reformas (Pierre-Philippe Marcou/AFP)

Mariano Rajoy defendeu a necessidade das reformas (Pierre-Philippe Marcou/AFP)

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Da Redação

Publicado em 23 de janeiro de 2012 às 14h20.

Madri - A reforma do sistema financeiro espanhol será concluída no prazo de duas a três semanas, informou nesta segunda-feira o chefe de Governo da Espanha, Mariano Rajoy.

O governante fez o anúncio diante da direção do Partido Popular (PP), disse a 'número dois' do partido, Maria Dolores De Cospedal, em entrevista coletiva.

A reforma consistirá no saneamento dos balanços das entidades e na 'fixação do número adequado' de bancos e cajas (espécie de caixas econômicas) que devem existir na Espanha, acrescentou Maria Dolores.

Ela justificou a necessidade da reforma do sistema financeiro pela antecipação das medidas previstas para não esperar o fim do primeiro trimestre do ano, como estava previsto.

Rajoy, segundo as palavras da secretária-geral do PP, reafirmou nesta segunda que o objetivo do cumprimento do déficit para 2012, fixado em 4,4% do PIB, é 'irrenunciável', e nem sequer a piora das previsões econômicas de organismos como o Fundo Monetário Internacional (FMI) irá alterá-lo.

Maria Dolores também antecipou nesta segunda que haverá 'um avanço importante' em relação à reforma trabalhista no Conselho de Ministros da próxima sexta-feira.

No entanto, a 'número dois' do PP não informou como será esse 'avanço importante', mas fontes dessa formação indicaram que é possível que Rajoy participe do Conselho Europeu de Bruxelas de 30 de janeiro com um relatório que detalhe os termos da reforma do mercado de trabalho.

Rajoy pediu aos representantes sindicais e empresariais que apresentem suas propostas sobre os termos da reforma trabalhista.

Diversos organismos internacionais recomendam uma nova reforma trabalhista na Espanha para dinamizar o mercado de trabalho, que é considerado muito rígido.

A crise econômica, somada à queda do setor imobiliário, elevou o desemprego para mais de 22% da população ativa. 

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