Economia

Racionamento não faz parte das projeções para 2014, diz FGV

"Um racionamento teria efeitos generalizados. Afetaria a credibilidade do país", afirmou coordenadora técnica do boletim de perspectivas divulgado pelo Ibre/FGV


	Lâmpada desligada: segundo coordenadora técnica, efeitos de racionamento seriam inclusive difíceis de estimar
 (Jeff Kubina / Flickr / Wikimedia Commons)

Lâmpada desligada: segundo coordenadora técnica, efeitos de racionamento seriam inclusive difíceis de estimar (Jeff Kubina / Flickr / Wikimedia Commons)

DR

Da Redação

Publicado em 17 de março de 2014 às 19h26.

São Paulo - Um eventual racionamento de eletricidade não está incluído no "cenário base" das projeções para 2014 porque teria um efeito muito grave, num quadro de "descontinuidade", explicou a economista Silvia Matos, coordenadora técnica do boletim de perspectivas divulgado nesta segunda-feira, 17, pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV).

"Um racionamento teria efeitos generalizados. Afetaria a credibilidade do país", afirmou Sílvia a jornalistas, após seminário de apresentação das projeções, no Rio.

Segundo a economista, os efeitos de um racionamento seriam inclusive difíceis de estimar. Seriam atingidos câmbio e juros - além da produção e da atividade econômica como um todo.

Durante o seminário, o economista Armando Castelar, também pesquisador do Ibre/FGV, destacou que, na comparação com o racionamento de 2001, hoje em dia há muito menos ganhos de economia no gasto de eletricidade com melhoria da eficiência tecnológica do consumo.

Na inflação, porém, o Ibre/FGV já incorpora os efeitos de preços mais caros de energia, mesmo sem racionamento. Pelas projeções, os preços de energia subiriam 8,0% neste ano, puxando os preços administrados, dentro do IPCA, para uma alta de 5,6%.

Acompanhe tudo sobre:EletricidadeEnergiaEnergia elétricaServiços

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto