Economia

Quem leva quanto no pacote de 750 bi euros para retomada da UE

Pacote de estímulo sem precedentes será financiado por dívidas conjuntas do bloco, que estreitarão os laços que unem as 27 nações

Itália: país é um dos maiores beneficiados com pacote da UE (Frank Bienewald / LightRocket/Getty Images)

Itália: país é um dos maiores beneficiados com pacote da UE (Frank Bienewald / LightRocket/Getty Images)

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Bloomberg

Publicado em 30 de agosto de 2020 às 08h00.

Itália e Espanha serão os países mais beneficiados pelo histórico fundo da União Europeia para recuperação da pandemia, que foi acordado pelos integrantes do bloco no mês passado e irá distribuir 750 bilhões de euros (US$ 885 bilhões) em subsídios e empréstimos.

A Bloomberg teve acesso a dados do Parlamento alemão sobre a alocação dos subsídios. Estes os números não compõem o valor total, uma vez que 30% dos recursos serão desembolsados em 2023 e dependerão do desempenho econômico dos países do bloco em 2020 e 2021. Os números também podem ser alterados quando o orçamento for negociado no Parlamento Europeu.

França e Grécia também se destacam como grandes beneficiárias dos recursos. Esses países foram duramente atingidos pela pandemia, inclusive devido ao grande abalo em setores como o turismo.

Estímulo monetário na UE

Estímulo monetário na UE (Bloomberg/Divulgação)

Segundo os dados, a Alemanha receberá 15,2 bilhões de euros em subsídios da UE e planeja usar essa quantia para não contrair dívidas adicionais e poder financiar novas iniciativas de crescimento.

O pacote de estímulo sem precedentes, acertado por líderes da UE no mês passado, será financiado por dívidas emitidas em conjunto pela UE, que estreitarão os laços que unem as 27 nações do bloco. O fundo de emergência distribuirá 390 bilhões de euros em subsídios e 360 bilhões de euros em empréstimos a juros baixos.

Quase um terço dos recursos será destinado ao combate das mudanças climáticas. Juntamente com o próximo orçamento de sete anos do bloco, de 1 trilhão de euros, o programa constituirá o maior pacote ambiental já visto. Todas as despesas devem ser consistentes com o objetivo do Acordo de Paris de redução das emissões causadoras do efeito estufa.

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