Economia

Quem defende a reforma da Previdência não pode se silenciar, diz Doria

Após audiência com Guedes na CCJ, governador de São Paulo defendeu que mercado "reaja positivamente"

O governador eleito de São Paulo, João Doria, fala à imprensa no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Brasília, onde funciona o gabinete de transição de governo. (Wilson Dias/Agência Brasil)

O governador eleito de São Paulo, João Doria, fala à imprensa no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), em Brasília, onde funciona o gabinete de transição de governo. (Wilson Dias/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 4 de abril de 2019 às 10h53.

Última atualização em 4 de abril de 2019 às 10h55.

São Paulo — O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou nesta quinta-feira, 4, que quem defende a reforma da Previdência não pode se silenciar. "A oposição vai tentar emparedar o ministro da Economia, Paulo Guedes", disse.

Doria participou da conferência Perspectivas para o Brasil 2020 do banco Daycoval em São Paulo. "Depois de ontem quando Guedes foi à Câmara dos Deputados, o papel de todos vocês banqueiros, analistas, empresários é outro. (...) Não basta dizer que apoia a reforma. Tem de agir em prol da reforma. Não emudeçam", comentou o governador.

Ele também orientou o mercado financeiro para reagir e apoiar publicamente a reforma da Previdência. "Ontem, o mercado reagiu negativamente à reforma na CCJ. Reaja a favor, mercado!", afirmou Doria, que pediu para que os integrantes do mercado liguem para seus deputados e exijam que eles aprovem a Previdência.

O governador de São Paulo ainda adotou um discurso do tempo de campanha eleitoral."Vamos acabar com a roubalheira. Lula livre? Não, Lula preso", afirmou o governador do PSDB e ganhou aplausos. E continuou: "Lula sem vergonha. Lula roubou a esperança do povo brasileiro", disse.

Doria afirmou que tem uma visão otimista sobre a aprovação da reforma da Previdência. "Eu dobro minha aposta na reforma da Previdência", disse o governador.

Ele destacou que, se a reforma não for aprovada, será o caos fiscal para o Brasil. "Sem a reforma, os municípios não terão dinheiro para pagar as contas, para custear a saúde", disse Doria.

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