Economia

Queda prolongada do petróleo impulsionará economia, diz FMI

Analistas do FMI estimam que níveis de produção petrolífera "poderiam cair, mas apenas de forma moderada em menos de 4% em 2015", o que beneficiaria à economia


	Petróleo: relatório indica como a manutenção dos preços baixos do petróleo afetará os EUA e a China
 (Susana Gonzalez/Bloomberg)

Petróleo: relatório indica como a manutenção dos preços baixos do petróleo afetará os EUA e a China (Susana Gonzalez/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 22 de dezembro de 2014 às 20h38.

Washington - Os preços do petróleo se manterão baixos no futuro, circunstância que ajudará a impulsionar a economia mundial entre 0,3% e 0,7%, garantiram nesta segunda-feira em um relatório dois economistas do Fundo Monetário Internacional (FMI).

"Os preços do petróleo desceram recentemente, afetando a todos: produtores, exportadores, governos e consumidores. Em geral, vemos isto como uma injeção de ânimo para a economia global", afirmam os economistas Rabah Arezki e Olivier Blanchard.

Segundo os dois signatários do documento, essa situação pode provocar "um aumento do Produto Interno Bruto (PIB) mundial de entre 0,3% e 0,7% em 2015".

Esse avanço pode se produzir sobre a previsão do crescimento econômico global de 3,8% para o próximo ano que o Fundo já divulgou em outubro, quando ressaltou que, "apesar dos revezes, a desigual recuperação global continua".

Com os preços atuais, que caíram quase 50% desde junho e se situam em torno dos US$ 55 o barril, os analistas do FMI estimam que os níveis de produção petrolífera "poderiam cair, mas apenas de forma moderada em menos de 4% em 2015", o que beneficiaria à economia.

O relatório indica também como a manutenção dos preços baixos do petróleo afetará às duas principais economias do mundo: Estados Unidos e China.

Nos EUA, os economistas do FMI esperam um impulso do PIB de entre 0,2% e 0,5% sobre a base do aumento de 3,1% que a instituição multilateral calculou em outubro para esse país.

Na China, o barateamento do "ouro negro" poderia contribuir para um progresso de PIB de entre 0,4% e 0,7% sobre a base total do 7,1% previsto em outubro pelo Fundo.

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