Economia

Queda no PIB reflete dúvida sobre economia, diz Levy

O ministro da Fazenda disse que a contração de 0,2% no PIB durante o primeiro trimestre foi resultado da incerteza em torno da situação econômica

Ministro da Fazenda, Joaquim Levy, durante encontro em Brasília (Ueslei Marcelino/Reuters)

Ministro da Fazenda, Joaquim Levy, durante encontro em Brasília (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 29 de maio de 2015 às 17h06.

São Paulo - O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou nesta sexta-feira que a contração de 0,2 % do Produto Interno Bruto (PIB) durante o primeiro trimestre do ano foi resultado da "incerteza" em torno da situação econômica do país.

No entanto, Levy ressaltou que "muita coisa mudou desde o começo do ano", quando, segundo explicou, havia um pessimismo generalizado em relação a diversas questões.

Entre elas, Levy citou a preocupação em torno da crise hídrica que afeta o sudeste do país, assim como o temor suscitado pelo atraso da publicação dos resultados auditados da Petrobras, envolvida em um gigantesco escândalo de corrupção.

"Muita gente tinha dúvida sobre a economia brasileira, o rumo que ia tomar. Muita coisa mudou desde o começo do ano. Vencemos estes desafios imediatos. O primeiro trimestre é reflexo de uma dinâmica que a gente está trabalhando para mudar", declarou Levy em almoço hoje na Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan).

O ministro voltou a defender o plano de ajuste fiscal lançado para equilibrar as maltratadas contas públicas e com o qual o governo pretende retomar o crescimento.

No entanto, admitiu que também é necessário controlar o aumento do desemprego, que em abril subiu a seu máximo nível nos últimos quatro anos.

"Nós temos visto o desemprego aumentar um pouco e nós temos que, portanto, tomar ações enérgicas para evitar que a economia possa entrar em algum processo mais extenso de recessão, nós não queremos isso, muito pelo contrário", comentou Levy.

A redução do PIB de janeiro a março foi de 1,6% quando comparado com os três primeiros meses de 2014, enquanto no acumulado dos últimos 12 meses caiu 0,9%, de acordo com dados do IBGE. 

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