Economia

Queda no petróleo é ruim para Petrobras e boa para Bolsonaro

Com preços de combustíveis mais baixos na bomba, reduzem-se as chances de protestos caso o novo governo decida voltar a uma lógica de mercado

Petrobras: queda no preço é prejudicial para as receitas da empresa (Paulo Whitaker/Reuters)

Petrobras: queda no preço é prejudicial para as receitas da empresa (Paulo Whitaker/Reuters)

João Pedro Caleiro

João Pedro Caleiro

Publicado em 15 de novembro de 2018 às 08h00.

Última atualização em 15 de novembro de 2018 às 08h00.

A recente queda nos preços do petróleo no mercado internacional tem corroído a receita da Petrobras com exportações e castigado acionistas, mas a baixa vem a calhar para o presidente-eleito Jair Bolsonaro.

Um petróleo mais barato é favorável num momento em que Bolsonaro precisa decidir qual será o futuro do programa de subsídio ao diesel em seu governo.

Com preços de combustíveis mais baixos na bomba, reduzem-se as chances de protestos de motoristas caso o novo governo decida voltar a uma lógica de mercado.

Preços futuros do petróleo tiveram ganho na quarta-feira após um recorde de 12 dias seguidos de quedas.

"Combustíveis mais baratos interessam ao presidente eleito, já que ele pode começar seu governo com a queda dos preços ", disse Adriano Pires, analista de petróleo da consultoria CBIE. “É ruim para a Petrobras, uma empresa que produz e exporta petróleo, mas boa para Bolsonaro.”

O programa de subsídios foi introduzido pelo governo Michel Temer para resolver a greve de caminhoneiros que paralisou a economia em maio e expira em 31 de dezembro.

A equipe econômica de Bolsonaro precisará decidir se mantém ou remove o programa antes de o novo governo iniciar seu mandato em 1 de janeiro.

Acompanhe tudo sobre:CombustíveisGoverno BolsonaroIndústria do petróleoPetrobrasPetróleo

Mais de Economia

Morre Ibrahim Eris, um dos idealizadores do Plano Collor, aos 80 anos

Febraban: para 72% da população, país está melhor ou igual a 2023

Petróleo lidera pauta de exportação do país no 3º trimestre

Brasil impulsiona corporate venturing para atrair investimentos e fortalecer startups