Economia

Queda do petróleo e escândalo geram incerteza para o Brasil

AIE destacou que o caso que levou executivos da Petrobras e várias empreiteiras para a cadeia adiciona incerteza sobre o desenvolvimento de projetos petroleiros


	AIE destacou que o caso que levou executivos da Petrobras e várias empreiteiras para a cadeia adiciona incerteza sobre o desenvolvimento de projetos petroleiros
 (AFP)

AIE destacou que o caso que levou executivos da Petrobras e várias empreiteiras para a cadeia adiciona incerteza sobre o desenvolvimento de projetos petroleiros (AFP)

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Da Redação

Publicado em 16 de janeiro de 2015 às 10h55.

Londres - Mais um organismo internacional lança dúvidas sobre as perspectivas da produção de petróleo do Brasil. Nesta sexta-feira, a Agência Internacional de Energia (AIE) divulgou relatório em que afirma que "a queda do preço do petróleo juntamente com os problemas associados ao escândalo de corrupção da Petrobras proporcionam incerteza significativa em torno das perspectivas do Brasil".

No primeiro relatório de 2015 sobre o mercado global de petróleo, a AIE destacou que o caso que levou executivos da Petrobras e várias empreiteiras para a cadeia adiciona incerteza sobre o desenvolvimento de projetos para extração de petróleo no País.

Além de eventual impacto gerado pela investigação na empresa, a agência nota que a estatal tem elevada dívida, o que reduz o fôlego financeiro da Petrobrás.

"Ainda que grande parte da produção do Brasil seja lucrativa com o barril em torno de US$ 50, a enorme dívida da empresa estatal Petrobras limitará a disponibilidade de investimento para o contínuo desenvolvimento dos campos do pré-sal", diz o documento divulgado em Londres.

Ontem, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) fez um prognóstico semelhante. Para a entidade, a Petrobras deverá reduzir o investimento nos próximos meses, o que pode amenizar a tendência de aumento da extração de petróleo a partir do segundo semestre de 2015.

"Projetos futuros podem estar em risco. É esperado que a companhia corte o Capex (investimento) este ano, o que pode amenizar o crescimento a partir do segundo semestre de 2015", disse a Opep, sem qualquer menção ao endividamento da companhia ou ao caso de corrupção.

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