Economia

Queda do núcleo da inflação aumenta dor de cabeça do BCE

A inflação anual ficou estável em 0,2 por cento, abaixo das expectativas de alta de 0,3 por cento e ainda bem abaixo da meta da inflação


	O presidente do BCE, Mario Draghi: a inflação tem ficado abaixo da meta do BCE por quase três anos
 (Daniel Roland/AFP)

O presidente do BCE, Mario Draghi: a inflação tem ficado abaixo da meta do BCE por quase três anos (Daniel Roland/AFP)

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Da Redação

Publicado em 5 de janeiro de 2016 às 09h14.

Bruxelas/Frankfurt - O núcleo da inflação da zona do euro desacelerou pelo segundo mês seguido em dezembro, uma grande dor de cabeça para o Banco Central Europeu (BCE), que imprimiu centenas de bilhões de euros para puxar a inflação para cima.

A inflação anual ficou estável em 0,2 por cento, abaixo das expectativas de alta de 0,3 por cento e ainda bem abaixo da meta da inflação, informou a Eurostat, agência de estatísticas da União Europeia.

Enquanto isso, o núcleo da inflação, atentamente acompanhada por autoridades monetárias como o banco central alemão, diminuiu para 0,8 por cento, ante 0,9 por cento em novembro e 1 por cento em outubro.

A inflação tem ficado abaixo da meta do BCE por quase três anos e até medidas radicais, incluindo compras de 1,5 trilhão de euros em ativos, vão levar anos para levar o crescimento dos preços de volta aos 2 por cento, ameaçando a credibilidade do banco.

Oponentes da política monetária frouxa têm se pautado nas relativamente fortes leituras do núcleo da inflação, que exclui preços mais voláteis como os de energia e alimentos, argumentando que o crescimento baixo dos preços é em grande parte efeito da forte queda do preço do petróleo.

Mas mesmo os dados do núcleo da inflação começaram a enfraquecer, indicando que os preços baixos da energia estão influenciando os preços de bens e serviços muito rapidamente.

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