Economia

Queda do INA em agosto faz Fiesp baixar projeção anual

O Indicador de Nível de Atividade teve queda de 1,1% na comparação de agosto de 2013 com igual mês do ano passado


	Fiesp: com fraco desempenho do INA, Fiesp revisou para baixo sua projeção para 2013 de alta de 2,5%, ante 3,2% de crescimento estimado anteriormente
 (Bia Parreiras/VIAGEM E TURISMO)

Fiesp: com fraco desempenho do INA, Fiesp revisou para baixo sua projeção para 2013 de alta de 2,5%, ante 3,2% de crescimento estimado anteriormente (Bia Parreiras/VIAGEM E TURISMO)

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Da Redação

Publicado em 26 de setembro de 2013 às 15h43.

São Paulo - O Indicador de Nível de Atividade (INA) da indústria paulista caiu 0,2% em agosto ante julho, na série com ajuste sazonal, informou a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) na tarde desta quinta-feira, 26. Na mesma base de comparação, na série sem ajuste sazonal, o indicador subiu 3,6%.

O INA teve queda de 1,1% na comparação de agosto de 2013 com igual mês do ano passado. No acumulado dos oito primeiros meses, o INA registra avanço de 3,4%, ante o mesmo período de 2012. No acumulado em 12 meses até agosto, o INA teve alta de 1,9%.

Com o fraco desempenho do INA, a Fiesp revisou para baixo sua projeção para 2013 de alta de 2,5%, ante 3,2% de crescimento estimado anteriormente. A expectativa para desempenho do índice neste terceiro trimestre é de queda de 1,7%, segundo a entidade. Se confirmado o declínio, o INA precisa apresentar crescimento de 1,3% no último trimestre de 2013 para encerrar o ano com a nova estimativa.

O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) ficou em 82,5% em agosto, ante 82,2% em julho, na série sem ajuste sazonal. Em agosto de 2012, o nível de utilização estava em 83,5%. Na série com ajuste sazonal, o Nuci de agosto deste ano ficou em 80,9%, ante 81,2% em julho. Em agosto de 2012, estava em 81,9%.

A Fiesp revisou o INA de julho ante junho deste ano, na série com ajuste, de queda 1,6% para recuo de 2,4%. Na série sem ajuste sazonal, o INA de julho ante junho foi revisado de 2,9% para 1,8%. "Não estamos otimistas há algum tempo e parece que tínhamos razão de não estar otimistas", informou Paulo Francini, diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos (Depecon) da Fiesp e do Ciesp. "O panorama de tristeza persiste quanto ao desempenho da indústria", acrescentou.

Segundo ele, fatores positivos como a desvalorização cambial de 10%, de R$ 2 para R$ 2,20, ainda não foram sentidos. "Os efeitos tardam e a reação tem uma dimensão ainda desconhecida, a partir do início do próximo ano." Outro motivo aparentemente positivo, conforme Francini, são os leilões do governo federal, cujo primeiro foi feito na semana passada para a concessão de rodovias.

A percepção dos empresários quanto ao cenário econômico no mês de setembro, medida pelo Sensor Fiesp, melhorou para 51,8 pontos de 49,4 pontos em agosto. "A boa notícia vem do Sensor, nossa lanterna de proa, que voltou ao campo positivo acima de 50 pontos, mas temos que dar um pequeno desconto nessa questão em função do mês de setembro, que é tradicionalmente o mês de maior atividade da indústria", informou o diretor do Depecon.

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