Sacos de açúcar: produção mundial, segundo a previsão da OIA, será de 181,5 milhões de toneladas em 2013/14 (Jean-Pierre Pingoud/Bloomberg News)
Da Redação
Publicado em 14 de novembro de 2013 às 17h40.
Londres - A produção mundial de açúcar pode cair pela segunda temporada consecutiva em 2014/15, potencialmente pondo fim a uma série de excedentes mundiais, previu a Organização Internacional do Açúcar (OIA) nesta quinta-feira.
"Na próxima temporada, a produção mundial de açúcar pode cair novamente em até 2 a 3 milhões de toneladas, anunciando o fim da fase de superávit no ciclo mundial de açúcar", afirmou a OIA em um relatório trimestral.
A OIA também projetou nesta quinta o excedente global do produto em 4,7 milhões de toneladas no ano 2013/14, contra 4,5 milhões da previsão anterior, mas uma forte queda ante um excedente de 10,6 milhões de toneladas em 2012/13.
"Qualquer recuperação de preços na esteira de um déficit projetado para a próxima temporada pode ser silenciado pelos grandes estoques acumulados desde o início da fase de superávit em 2011/12", disse a OIA.
A produção de açúcar deverá cair em 2013/14 após uma queda acentuada nos preços.
Os futuros do açúcar bruto em Nova York caíram cerca de 50 por cento desde o início de 2011, com o mercado lidando para absorver o excesso de suprimentos.
A produção mundial, segundo a previsão da OIA, será de 181,5 milhões de toneladas em 2013/14, queda de 1,2 por cento ante o recorde de 183,6 milhões de 2012/13, enquanto o consumo em 2013/14 foi projetado para aumentar em 3,7 milhões de toneladas, ou 2,15 por cento, para 176,75 milhões.
"Nossa hipótese inicial é de que o consumo mundial de açúcar em 2014/15 possa crescer 2,2 por cento para atingir cerca de 181 milhões de toneladas", disse a OIA.
O relatório apontou que o Brasil, Índia, China e México poderiam ver declínios na produção em 2014/15, que podem ser parcialmente mitigados pela melhoria da produção em alguns outros produtores, incluindo Tailândia e Austrália.
O crescimento do consumo está amplamente em linha com a média de 10 anos de 2,34 por cento.