Economia

"Quantas empresas não abriram o capital, entraram na bolsa?", diz Haddad sobre governo Lula

Em uma das declarações ao assumir o Ministério da Fazenda, Haddad disse que período dos governos Lula foi de "ganha ganha" na economia

Haddad durante transmissão do cargo: ministro afirmou que política de crédito e reforma tributária estão no radar (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Haddad durante transmissão do cargo: ministro afirmou que política de crédito e reforma tributária estão no radar (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Drc

Da redação, com agências

Publicado em 2 de janeiro de 2023 às 17h32.

Última atualização em 2 de janeiro de 2023 às 17h44.

Em sua transmissão de cargo como ministro da Fazenda, Fernando Haddad disse nesta segunda-feira, 2, que os governos Lula, entre 2003 e 2010, foram um período de "ganha-ganha" para "o povo e o mercado".

O ministro disse que seu plano é trabalhar para que o Brasil restabeleça a relação comercial com o mundo e atrair investimentos. Sua fala também deixou claro que uma das políticas econômicas no novo governo será voltar o foco ao acesso a crédito, um dos marcos da era Lula nos primeiros mandatos.

"Vamos voltar a democratizar o acesso ao crédito, como em 2003, quando o Brasil experimentou um período de grande expansão do crédito, com responsabilidade", disse Haddad.

"O que se viu foi uma política de ganha-ganha, para o povo e para o mercado. Sem contar o grande número de IPOs feitas naquele período — quantas empresas abriram o capital, entraram na bolsa?", disse o ministro.

Reforma tributária

Haddad também citou o foco na reforma tributária, que deve ser uma das prioridades do novo governo. A reforma é uma demanda do setor privado, embora ainda haja divergências sobre seu formato. Haddad escolheu o economista Bernard Appy como secretário para o tema.

O ministro afirmou que sua gestão buscará, junto ao Congresso, aprovar um sistema tributário mais transparente e eficiente, evitando a cumulatividade e "retirando o peso tributário" das famílias de baixa renda.

Ainda na relação com o Congresso, também agradeceu a deputados e senadores e pela aprovação da PEC de Transição, que abriu espaço no teto de gastos para recomposição do orçamento em 2023, como pagamento do Bolsa Família em R$ 600.

"Como previmos, o desafio será enorme mas não maior do que a vontade de devolver o país ao seu povo. Quero agradecer às deputadas e aos deputados, senadoras e senadores, companheiras e companheiros que trabalharam em favor da aprovação da PEC da transição", declarou.

Elogio de Marina Silva

Haddad foi elogiado também nesta segunda-feira por Marina Silva, ministra do Meio Ambiente. Marina disse que é "promissor" ter um ministro da Fazenda "comprometido com a agenda da sustentabilidade". Marina compareceu à cerimônia de transmissão de cargo de Haddad em Brasília.

No discurso, Haddad citou a frente ambiental como oportunidade econômica. "Atuaremos também de modo a fomentar e aproveitar o enorme potencial brasileiro de gerar novas energias, como a eólica, a solar, a do hidrogênio e a oceânica", disse o ministro.

(Com informações do Estadão Conteúdo)

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