Economia

Quando a economia vai sentir os efeitos positivos da queda nos juros?

Apenas no segundo semestre os efeitos da queda da taxa Selic vão ajudar a economia brasileira a crescer com ritmo mais forte

No primeiro semestre de 2012 o crescimento ainda deve ser modesto, mesmo com as medidas de incentivo anunciadas pelo ministro Guido Mantega (Ueslei Marcelino/Reuters)

No primeiro semestre de 2012 o crescimento ainda deve ser modesto, mesmo com as medidas de incentivo anunciadas pelo ministro Guido Mantega (Ueslei Marcelino/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 18 de janeiro de 2012 às 19h57.

São Paulo – Há seis meses o Banco Central vem reduzindo os juros para abrir espaço para o crescimento da economia brasileira em um cenário de crise internacional. Especialistas, entretanto, dizem que a economia brasileira ainda vai demorar a deslanchar impulsionada pelos efeitos da flexibilização monetária.

Aurélio Bicalho, economista do Itaú Unibanco, diz que apenas no segundo semestre os resultados da queda nos juros serão sentidos com mais intensidade.

“A partir da segunda metade do ano, com efeitos mais intensos dos cortes na taxa Selic, o crescimento será maior, chegando a 3,5% no fim de 2012”, diz o economista.

Por ora, medidas de incentivo adotadas pelo governo devem promover um crescimento moderado da economia nos dois primeiros trimestres do ano.

Em dezembro, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou um pacote de incentivos para estimular o consumo. Dentre eles, a isenção do IPI sobre produtos da linha branca. O anúncio foi feito seis dias antes da divulgação do crescimento zero do Produto Interno Bruto (PIB) no terceiro trimestre de 2011.

“Estas medidas devem contribuir para que o primeiro trimestre do ano seja um pouco melhor, até mesmo pelo aumento do salário mínimo, que deve incentivar o consumo. Entretanto, o avanço do PIB só vai ganhar tração mesmo no segundo semestre”, diz Alessandra Ribeiro, economista da consultoria Tendências. 

Acompanhe tudo sobre:EstatísticasGuido MantegaIndicadores econômicosJurosPersonalidadesPIBPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosSelic

Mais de Economia

Presidente do Banco Central: fim da jornada 6x1 prejudica trabalhador e aumenta informalidade

Ministro do Trabalho defende fim da jornada 6x1 e diz que governo 'tem simpatia' pela proposta

Queda estrutural de juros depende de ‘choques positivos’ na política fiscal, afirma Campos Neto

Redução da jornada de trabalho para 4x3 pode custar R$ 115 bilhões ao ano à indústria, diz estudo