Economia

“Qualquer coisa acima de R$ 5,70 é caro e eu não compraria”, diz Haddad sobre o preço do dólar

ministro da Fazenda também afirmou que o regime de câmbio no Brasil não é fixo é que o preço da moeda estrangeira não é controlado pelo governo

Fernando Haddad, ministro da Fazenda (Diogo Zacarias/MF/Flickr/Divulgação)

Fernando Haddad, ministro da Fazenda (Diogo Zacarias/MF/Flickr/Divulgação)

Antonio Temóteo
Antonio Temóteo

Repórter especial de Macroeconomia

Publicado em 17 de janeiro de 2025 às 16h33.

Última atualização em 17 de janeiro de 2025 às 17h22.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quinta-feira, 17, que o preço do dólar acima de R$ 6 é “caro”, diante dos fundamentos da economia brasileira. Haddad ainda afirmou que ele não compraria qualquer valor acima de R$ 5,70.

“Eu não compraria [dólar] acima de R$ 5,70.  Na minha opinião, qualquer coisa acima de R$ 5,70 é caro, para os fundamentos da economia brasileira hoje, eu não compraria”, disse, em entrevista à CNN.

O ministro da Fazenda também afirmou que o regime de câmbio no Brasil não é fixo é que o preço da moeda estrangeira não é controlado pelo governo.

“O câmbio não é fixo no Brasil. E o patamar em que dólar se estabiliza depende que variáveis que não controlamos. Uma delas é o juro externo, são condições geopolíticas”, disse.

Preocupação com a dívida pública

Haddad também afirmou que está preocupado com a trajetória da dívida pública, mas ponderou que as projeções do mercado para o resultado fiscal e para o crescimento econômico não tem se concretizado.

“O crescimento projetado no começo do governo era de 0,8% e de 1,2%. Crescemos 3,2% e provavelmente 3,5%, quase 7% contra uma projeção de 2%. O déficit previsto era de 0,8% em 2024 e foi de 0,1%”, disse.

Acompanhe tudo sobre:Ministério da FazendaFernando HaddadDólar

Mais de Economia

Novas regras para trabalho em domingos e feriados começam em julho; comércio pede mudanças no texto

Presidente do Fed sinaliza que pretende mudar linguagem das diretrizes de sua política

Mesmo com governo contrário, senador do PT assina pedido para CPMI do INSS

BNDES desembolsa R$ 25,2 bi no 1º trimestre, alta de 8% ante 2024