Economia

Qual foi a queda do desemprego em 2019? Vem aí a resposta do IBGE

O ano passado viu avanço tanto de vagas formais quanto informais, e desemprego cai de forma lenta mais consistente

Emprego: em 2019, o saldo de vagas registradas ficou em 644.079, o melhor resultado em seis anos (Paulo Whitaker/Reuters)

Emprego: em 2019, o saldo de vagas registradas ficou em 644.079, o melhor resultado em seis anos (Paulo Whitaker/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 31 de janeiro de 2020 às 06h25.

Última atualização em 31 de janeiro de 2020 às 07h54.

São Paulo — Nesta sexta-feira (31) será conhecida a taxa de desemprego com a qual o Brasil encerrou 2019. Às 9 horas, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulga a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) para o trimestre outubro-novembro-dezembro.

A taxa de desemprego começou o ano passado em 12,7% e terminou o trimestre encerrado em novembro em 11,2% – um ponto percentual e meio a menos.

O Itaú espera que a taxa encerrada em dezembro permaneça igual, em 11,2%. Já a LCA Consultores prevê uma pequena queda, para 11%, a mesma esperada pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV), pela consultoria 4E e pela Guide Investimentos. Para a corretora Rico, o número deve ficar próximo de 10,8%.

Apesar de mostrar a continuidade do lento e gradual processo de recuperação do mercado de trabalho brasileiro, a última divulgação mostrou que ainda há cerca de 11,9 milhões de brasileiros que querem e não acham uma ocupação.

Ainda maior é o número daqueles que trabalham, mas em vagas informais: 38,8 milhões, nível recorde desde o início da série histórica, em 2012. O avanço da informalidade, detectado durante todo o ano passado, ajuda a explicar, inclusive, a queda no desemprego, apesar de haver aceleração também no mercado formal.

Em 2019, o saldo de vagas registradas ficou em 644.079, o melhor resultado em seis anos, segundo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério da Economia.

Diferentemente dos dados do IBGE, que são mais amplos e vêm de uma pesquisa feita diretamente nos domicílios, o banco do Caged é alimentado mensalmente por informações dos estabelecimentos sobre contratos regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

“Momentos de estagnação da atividade econômica são os melhores momentos para o emprego informal, porque ainda não há demanda por emprego formal, mas os trabalhadores conseguem se realocar em empregos informais. Quando a atividade econômica começa a se expandir, a demanda por emprego formal cresce, e os trabalhadores tendem a abandonar o emprego informal em direção ao emprego formal. Períodos de crescimento expressivo são, portanto, consistentes com contração do emprego informal”, explicou o Itaú em relatório sobre o mercado de trabalho, divulgado em janeiro.

Daqui para frente, a expectativa é de que os números melhorem junto com a economia. A previsão para o crescimento de 2020 é de 2,31%, segundo o último Boletim Focus, aceleração em relação ao cerca de 1,1% registrados em 2019.

Costuma-se dizer que o emprego é o último vagão do trem da economia, devido ao descompasso entre atividade e a necessidade de contratações. Hoje saberemos um pouco mais sobre como esse trem está rodando.

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