Economia

Qual é a "oportunidade de ouro" do Brasil, segundo a PIMCO

Blog de uma das maiores companhias de investimento define Brasil como "oportunidade única" para investidores estrangeiros

Vista aérea da cidade de São Paulo (filipefrazao/Thinkstock)

Vista aérea da cidade de São Paulo (filipefrazao/Thinkstock)

João Pedro Caleiro

João Pedro Caleiro

Publicado em 6 de maio de 2017 às 08h00.

Última atualização em 6 de maio de 2017 às 08h00.

São Paulo - O Brasil tem uma "oportunidade de ouro" para baixar suas taxas de juros para apenas um dígito de forma sustentável.

A opinião foi publicada no blog da PIMCO, uma das maiores companhias de investimento do mundo, com o título "Brasil: Taxas mais baixas para sempre?".

O texto é assinado por Ismael Orenstein e Lupin Rahman, gerentes de portfólio de mercados emergentes que visitaram o país recentemente.

A razão apontada é que a inércia da inflação está sendo quebrada, o que aparece nas expectativas de mercado e no debate sobre reduzir a meta já em 2019.

Isso é resultado de "reformas difíceis" que atacam algumas das razões para nossos juros serem estruturalmente altos.

Do lado fiscal, a aprovação do teto de gastos e o andamento de um projeto de reforma da Previdência.

Do lado do crédito, um plano para aproximar as taxas de juros subsidiado de níveis mais próximos das de mercado.

Isso ajuda por dois motivos: torna a política monetária mais potente, já que ela passa a influenciar mais diretamente a totalidade do crédito, e diminui o nível de subsídio do Tesouro.

O texto cita alguns riscos na agenda, como a impopularidade das medidas, as investigações de corrupção e as eleições de 2018.

Mas conclui que o Brasil está na direção correta e se destaca entre os emergentes, o que o torna uma "oportunidade única" para investidores estrangeiros.

"Não é comum ver taxas de juros de dois dígitos hoje em dia, particularmente em um país com fundamentos melhorando, uma moeda estável apoiada em contas externas firmes e uma agenda de reformas em andamento", diz o texto.

Acompanhe tudo sobre:CréditoInflaçãoJurosPimco

Mais de Economia

Escala 6x1: favorito para presidência da Câmara defende 'ouvir os dois lados'

Alckmin diz que fim da jornada de trabalho 6x1 não é discutida no governo, mas é tendência mundial

Dia dos Solteiros ultrapassa R$ 1 trilhão em vendas na China

No BNDES, mais captação de recursos de China e Europa — e menos insegurança quanto à volta de Trump