Vladimir Putin: "criaremos um volumoso mercado de 170 milhões de consumidores onde será garantida a livre circulação de mercadorias, serviços, capitais e trabalhadores" (Kirill Kudryavtsev/AFP)
Da Redação
Publicado em 23 de dezembro de 2014 às 13h01.
Moscou - O presidente russo, Vladimir Putin, estimou nesta terça-feira em US$ 4,5 trilhões o Produto Interno Bruto conjunto da União Econômica Eurasiática (UEE), grupo recém-formado por Rússia, Cazaquistão, Belarus, Armênia e Quirguistão.
"Criaremos um volumoso mercado de 170 milhões de consumidores onde será garantida a livre circulação de mercadorias, serviços, capitais e trabalhadores", disse Putin em entrevista coletiva no Kremlin.
Esses cinco países formalizaram hoje com a assinatura de vários acordos comerciais a criação dessa união, onde regerão as mesmas regras da Organização Mundial do Comércio (OMC) e que entrará em vigor em 1º de janeiro.
"A União será um importante centro de crescimento de toda a região: aumentarão os fluxos comerciais e investidores, serão reforçados os laços empresariais e aumentará o bem-estar de nossos cidadãos", disse.
Setores como os da agricultura, da construção e do comércio serão liberados imediatamente após a entrada em vigor da UEE, mas outros serão validados de maneira gradual. Putin informou que o mercado único energético deverá esperar 2019, enquanto no que se refere a gás e petróleo, não será feito antes de 2025.
O presidente de Belarus, Aleksandr Lukashenko, lembrou na entrevista coletiva posterior à cúpula que neste momento no seio da UEE não existe a livre circulação de mercadorias. Ele aludia às disputas comerciais que seu país e a Rússia mantêm desde que esta proibiu as importações de alimentos ocidentais, já que desde então Belarus permitiu o trânsito desses produtos, o que incomodou o governo russo.
Rússia, Cazaquistão e Belarus farão parte da UEE a partir de 1º de janeiro. A Armênia deverá esperar o dia 2, e o Quirguistão assinará hoje sua entrada e será membro de pleno direito em 1 de maio de 2015.