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Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h27.
O Partido dos Trabalhadores e o Partido Liberal, para muitos, legendas de lados opostos, fecharam na noite desta quarta-feira a coligação para a disputa presidencial de outubro.
A aliança com o PT e a indicação do senador José de Alencar (PL-MG) para vice de Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, foi confirmada pela Executiva Nacional do PL e deve ser ratificada pela convenção dos liberais no próximo domingo.
A aliança, no entanto, ainda não foi fechada em todos os estados, mas o presidente do PL, deputado Valdemar Costa Neto, acredita que isso não irá interferir na formação da chapa presidencial.
O candidato do PT Luiz Inácio Lula da Silva precisou de muitos argumentos para vencer a resistência da ala esquerda do PT à aliança com o PL e ao nome do senador José Alencar como vice em sua chapa.
Empresário do setor têxtil, Alencar tem sob seu comando ativos de R$ 1,4 bilhão, 11 fábricas e 16 mil funcionários. Aos 70 anos, pode ser considerado um novato na política. Ele iniciou sua carreira pública em 1993, no PMDB. Disputou, sem sucesso, o governo de Minas Gerais no ano seguinte e, em 1998, elegeu-se senador.
Se por um lado Alencar não levará experiência política para a chapa petista, Lula aposta que o senador mineiro, representante nato do liberalismo - já presidiu a Fiemg (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) e foi vice-presidente da CNI (Confederação Nacional das Indústrias) -, pode ser a pessoa chave para quebrar as resistências ao PT, que procura cada vez mais uma postura light e menos radical.