Economia

Alíquota diferenciada de ICMS é "grande passo" para PT

"Se a gente tinha cem de problemas, resolvemos 70. Vamos caminhar agora para dar solução nos outros 30", afirmou Amaral


	Dias cobra ainda outras três mudanças na discussão da reforma do ICMS
 (Wilson Dias/ABr/Agência Brasil)

Dias cobra ainda outras três mudanças na discussão da reforma do ICMS (Wilson Dias/ABr/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 15 de abril de 2013 às 16h42.

Brasília - O líder do PT no Senado, Wellington Dias (PI), afirmou nesta segunda-feira, em entrevista à Agência Estado, que a adoção da alíquota diferenciada na proposta de unificação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em operações interestaduais é um "grande passo" para a aprovação da matéria.

O senador Delcídio Amaral (PT-MS), relator do projeto de resolução enviado pelo governo ao Senado, anunciou na semana passada que adotará o porcentual de 7% do ICMS para os produtos industrializados que saem das Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste para os Estados do Sul e Sudeste. Para as demais transações interestaduais, o ICMS será reduzido, gradualmente, para 4%.

"Se a gente tinha cem de problemas, resolvemos 70. Vamos caminhar agora para dar solução nos outros 30", afirmou Amaral. A proposta vai à votação nesta terça-feira (16) na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) da Casa. Se aprovada na comissão, regimentalmente, terá de ir à votação apenas no plenário para passar a vigorar.

Dias cobra ainda outras três mudanças na discussão da reforma do ICMS. Em primeiro lugar, que a convalidação dos incentivos já concedidos seja realizada por meio de projeto de lei complementar e não via decisão do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), passível, de acordo com ele, de questionamento jurídico.

O segundo é que os fundos de compensação e de desenvolvimento regional, criados pela Medida Provisória (MP) 599/2012 para equilibrar a mudança do ICMS, tenham caráter constitucional. Por último, o aumento da previsão de recursos orçamentários no fundo de desenvolvimento, que, pela MP, está em 25%.

O líder do PSDB no Senado, Aloysio Nunes Ferreira (SP), disse não crer em acordo para votar a proposta de unificação do ICMS. Segundo Ferreira, deve ocorrer nesta terça-feira um pedido de vista durante a discussão na comissão para que os senadores analisem a proposta.

Conforme ele, São Paulo é a favor da unificação em 4%, sem qualquer regra de exceção. "Nós defendemos a unificação dos 4% porque, se é para mantermos a diferenciação das alíquotas em 4% e 7%, significa manter a porta aberta para a guerra fiscal. Então, se é para ficar tudo do mesmo jeito, é melhor manter do jeito que está", disse.

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