Economia

PSDB diz que Risco Dilma dissemina pânico na economia

Artigo publicado por tucanos cita fato de que mercado financeiro reagiu ontem "bastante negativamente" aos resultados das pesquisas eleitorais dos últimos dias


	Dilma: preços das ações registraram forte queda e o dólar, uma forte alta
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

Dilma: preços das ações registraram forte queda e o dólar, uma forte alta (Ueslei Marcelino/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 30 de setembro de 2014 às 15h37.

Brasília - O PSDB publicou nesta terça-feira, 30, um artigo no qual afirma que a possibilidade de o PT continuar mais quatro anos à frente do governo está "disseminando pânico na economia".

"É uma das raras vezes em que o conhecido suscita mais desconfiança do que credibilidade. Quem cuida do dinheiro prefere não correr o 'risco Dilma'", afirma a análise do Instituto Teotônio Vilela, órgão de estudos e formação política dos tucanos.

Intitulado "O Risco Dilma assombra", o texto cita o fato de que o mercado financeiro reagiu ontem "bastante negativamente" aos resultados das pesquisas eleitorais dos últimos dias.

Os preços das ações - principalmente das estatais - registraram forte queda e o dólar, uma forte alta.

"A leitura que o mercado faz do cenário eleitoral é exagerada. Nem é provável que se dê o pior dos mundos, ou seja, que Dilma Rousseff liquide a fatura em primeiro turno, nem se pode dizer que a oposição não conseguirá derrotar o petismo no segundo turno. Neste momento, o certo é que não é possível saber quem disputará a rodada de 26 de outubro", diz.

O artigo afirma que o dólar, por exemplo, teve alta de 11% em um mês e fechou ontem na maior cotação desde dezembro de 2008, auge da crise global.

Ele diz ainda que o movimento pode ter como consequência a "aceleração da inflação" e levar problemas às contas externas, cujo rombo quase dobrou desde 2010.

O texto avalia que, com o pânico, o mercado também começa a ajustar as taxas de juros para cima. Também são citados como efeitos no dia da dia das pessoas o encarecimento do custo do crédito.

"A desconfiança geral deve-se ao fato de o Brasil ter hoje uma das piores combinações do mundo: inflação alta e crescimento baixo. Agora até o Banco Central já trabalha com projeções para o PIB deste ano perto de zero, enquanto o mundo como um todo deve crescer 2,5% e nossos vizinhos latino-americanos, 1,7%", critica.

O texto diz que o "risco Dilma" aparece no horizonte na mesma medida em que o governo da atual presidente se recusa a admitir problemas, "inventa bodes expiatórios para justificar seu fracasso e se furta a apontar que rumos poderia tomar caso os eleitores cometam a temeridade de manter o PT no comando do país por mais quatro anos".

O artigo afirma que estamos diante de uma situação insólita, do temor que o conhecido desperta, o inverso do que o País viveu em 2002, quando da eleição de Luiz Inácio Lula da Silva.

"Mas, sabiamente, o PT optou por rezar pela cartilha herdada do PSDB e, enquanto assim procedeu, o Brasil foi bem. Anos depois, foi só o PT fazer o que acredita e defende para o caldo entornar", diz.

"O que pagamos hoje é o preço da desconfiança. Não apenas de investidores. Mas dos brasileiros em geral, que trabalham, produzem e consomem. Sabemos todos que a economia vive de expectativas e, com Dilma Rousseff mais quatro anos no Planalto, elas são as piores possíveis. Este risco não vale a pena corrermos", conclui o artigo.

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