Economia

PSB quer propor reforma tributária no início de 2015

Segundo candidato a vice Beto Albuquerque, os princípios da reforma devem se nortear pela simplificação, além de uma negociação com os entes federados


	Albuquerque: "O encargo trabalhista hoje é caro porque o custo tributário do país é maior ainda"
 (Fernando Frazão/Agência Brasil)

Albuquerque: "O encargo trabalhista hoje é caro porque o custo tributário do país é maior ainda" (Fernando Frazão/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 17 de setembro de 2014 às 16h07.

São Paulo - O vice na chapa de Marina Silva (PSB), Beto Albuquerque, afirmou que mudanças nos encargos trabalhistas não devem ser uma prioridade, pois se trata de uma questão derivada da complexidade tributária do Brasil.

"O encargo trabalhista hoje é caro porque o custo tributário do país é maior ainda", disse nesta quarta-feira, 17, ao participar da série "Entrevistas Estadão"'.

O candidato a vice disse que o importante, neste momento, é o esforço da coligação que apoia Marina para vencer as eleições e poder enviar um projeto de lei com a proposta de reforma tributária ainda em janeiro de 2015.

"Vamos ganhar a eleição primeiro e logo no começo do governo vamos mandar para o Congresso Nacional o projeto de lei que altere a reforma tributária", afirmou.

Sobre a fala de ontem de Marina, de desconhecer a promessa de Eduardo Campos de apresentar um texto base, com as principais propostas para a reforma, antes da eleição, Beto disse que Marina provavelmente não sabia mesmo, mas admitiu que Campos havia assumido tal compromisso.

"Talvez ela desconhecesse mesmo. O Eduardo tinha um estilo completamente diferente da Marina. Eduardo queria trabalhar com antecipação, sim."

Segundo Beto, os princípios da reforma devem se nortear pela simplificação, além de uma negociação com os entes federados.

"Todas as reformas até hoje tiravam autonomia dos estados, sem qualquer contrapartida. Eu estou dando um dado novo, a questão do endividamento dos estados tem que estar nessa conversa", afirmou.

Para Beto, é possível acabar com a guerra fiscal em torno das diferentes alíquotas de ICMS desde que se dê uma contrapartida aos estados, como negociação das dívidas com a União, por exemplo, e desde que a reforma seja feita de forma fatiada, com períodos de transição.

"Nada entrará em vigor no primeiro semestre ou no primeiro ano de governo. Você precisa ter um calendário de quando as coisas irão acontecer."

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