Economia

PSB poderá fechar questão contra reforma trabalhista, diz líder

A deputada Tereza Cristina, líder do partido na Câmara, disse que a reforma "mexe no cerne das leis trabalhistas", o que dificulta a sua aceitação

Câmara: caso o PSB feche questão contra a reforma trabalhista, deputados que votarem a favor da proposta poderão ser punidos, em último caso, até com a expulsão da legenda (Wilson Dias/Agência Brasil)

Câmara: caso o PSB feche questão contra a reforma trabalhista, deputados que votarem a favor da proposta poderão ser punidos, em último caso, até com a expulsão da legenda (Wilson Dias/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 19 de abril de 2017 às 18h05.

Brasília - Dono da sétima maior bancada na Câmara, com 35 deputados, o PSB poderá fechar questão contra a reforma trabalhista.

Segundo a líder do partido na Casa, deputada Tereza Cristina (MS), o fechamento foi proposto por "alguns" deputados durante reunião nesta quarta-feira, 19, e deve ser votado em reunião da executiva nacional do partido marcada para próxima semana.

"Achei que a reforma trabalhista seria mais tranquila. Mexeu tanto no cerne das leis trabalhistas, que dificultou a aceitação em um partido com raiz socialista", afirmou ao Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado.

A líder fez questão de ressaltar, no entanto, que é contra fechar questão sobre o tema e que, na visão dela, a maioria dos integrantes da bancada também pensa assim.

"Não é um costume do partido", disse.

Caso o PSB feche questão contra a reforma trabalhista, deputados que votarem a favor da proposta poderão ser punidos, em último caso, até com a expulsão da legenda.

A medida também desagradaria ao governo, que anda irritado com o partido. Isso porque a sigla comanda o Ministério de Minas e Energia, mas vem se comportando como oposição ou de forma independente em algumas votações na Câmara.

Na terça-feira, 18, por exemplo, a liderança do PSB liberou deputados na votação do regime de urgência para tramitação da reforma trabalhista, que acabou derrotada por 230 votos a 163 (eram necessários pelo menos 257 votos para aprová-la).

No partido, a maioria votou contra. Dos 31 deputados da sigla votantes, 19 votaram contra e apenas 12 a favor.

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