Economia

Protecionismo será "desastroso" para montadoras, diz Ghosn

O CEO da Renault-Nissan não mencionou Trump, mas suas declarações surgem no momento em que o governo americano ameaça sobretaxar as importações

Carlos Ghosn: "Em média, um carro é composto de 3.000 peças que vêm dos quatro cantos do mundo" (Jiji Press/AFP/AFP)

Carlos Ghosn: "Em média, um carro é composto de 3.000 peças que vêm dos quatro cantos do mundo" (Jiji Press/AFP/AFP)

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AFP

Publicado em 2 de março de 2017 às 22h14.

Última atualização em 2 de março de 2017 às 22h42.

O CEO da Renault-Nissan, Carlos Ghosn, advertiu nesta quinta-feira (2) que o protecionismo será um "desastre" para um setor automobilístico que depende fortemente de fronteiras comerciais abertas.

"Em média, um carro é composto de 3.000 peças que vêm dos quatro cantos do mundo", alegou, em um fórum em Washington.

"Quando as pessoas falam de fazer o protecionismo avançar, é um desastre para os fabricantes de automóveis, porque o conjunto da cadeia produtiva se apoia nas fronteiras abertas", acrescentou.

Ghosn não mencionou o nome do presidente Donald Trump, mas as declarações do CEO surgem no momento em que o governo americano ameaça sobretaxar as importações e sanções aduaneiras contra alguns países, entre eles a China.

Ghosn garantiu que a indústria automotiva terá cada vez mais necessidade de fronteiras abertas, à medida que se desenvolvem os carros de amanhã, autônomos e hiperconectados.

"Nós usamos tecnologias de empresas que vêm de toda parte", acrescentou.

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