Economia

Propostas para Europa são "receitas fracassadas", diz Dilma

Dilma disse que não ficou satisfeita com o resultado da reunião do G20 em novembro, em Cannes, na França

Em um ginásio ocupado pela militância de partidos e organizações sociais, o discurso da presidente foi recebido com aplausos (Roberto Stuckert Filho/Presidência da República)

Em um ginásio ocupado pela militância de partidos e organizações sociais, o discurso da presidente foi recebido com aplausos (Roberto Stuckert Filho/Presidência da República)

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Da Redação

Publicado em 18 de julho de 2012 às 18h18.

São Paulo - A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta quinta-feira que "receitas fracassadas" já impostas à América Latina nos anos 1980 e 1990 estão novamente sendo propostas para solucionar a atual crise da dívida na Europa.

Em discurso no Fórum Social Temático, uma versão local em Porto Alegre do Fórum Social Mundial, ela disse que não ficou satisfeita com o resultado da reunião do G20 em novembro, em Cannes, na França, e que a tarefa atual da sociedade é "desencadear um movimento de renovação de ideias e novos processos absolutamente necessários para enfrentar os dias difíceis".

"Confesso que não fiquei satisfeita com os resultados... Não é fácil produzir novas ideias e alternativas quando estamos dominados por preconceitos políticos e ideológicos", afirmou a presidente.

"Conhecemos bem essa história ... impingiram aos países da América Latina o modelo conservador que levou nosso país à estagnação, à perda de espaço democrático e soberano, aprofundando a pobreza, o desemprego e a exclusão social. Hoje, essas receitas fracassadas estão sendo propostas novamente na Europa", disse a presidente.

Em um ginásio ocupado pela militância de partidos e organizações sociais, o discurso da presidente foi recebido com aplausos. Ela citou os movimentos de protesto e de ocupação que surgiram nos últimos anos na Europa e nos Estados Unidos como "sintomas importantes" da dissonância entre governos e seus povos.

"O mundo pós-neoliberalismo não pode ser o da pós-democracia", disse.

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