Usina térmica: foram inscritos 38 projetos de térmicas para próximo leilão, diz presidente da EPE (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 6 de junho de 2014 às 15h34.
São Paulo - O presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, indicou nesta sexta-feira, 6, que o governo deve elevar o preço estabelecido para os projetos térmicos que disputarão o leilão A-5 no dia 12 de setembro.
O objetivo é garantir maior contratação de energia a partir de projetos considerados mais seguros para o abastecimento do mercado nacional.
"O A-5 será um leilão que pretende dar preço para térmica bem mais atrativo do que foi dado até hoje", destacou Tolmasquim, que evitou fazer uma relação entre essa afirmação e um possível aumento contínuo de preços nos próximos anos.
Segundo o executivo, foram inscritos 38 projetos de usinas térmicas para o próximo leilão, com uma capacidade de cerca de 20 mil MW. "Não acredito que tudo isso será habilitado, mas mostra que já há um movimento", complementou.
O gás que abasteceria esses projetos viria do gás natural liquefeito (GNL), de fontes de gás provenientes da Amazônia e de projetos de empresas interessadas em abastecer o mercado, seja a partir de unidades próprias de regaseificação de gás a serem instaladas no Sul e no Nordeste, seja a partir do aluguel de capacidade nas unidades de regaseificação da Petrobras.
O objetivo da EPE é contratar, até o leilão de 2018 (com entrega em 2023), um total de 7.500 MW em usinas de gás e carvão.
"Quanto mais o tempo vai passando maior é a possibilidade de utilizar natural e não GNL importado", destacou o executivo, em referência aos avanços exploratórios na região do pré-sal.