Economia

Projeto do FGTS é risco para habitação e infraestrutura, diz Sinduscon-SP

O PLS 392/2016 altera a legislação para permitir que o trabalhador que pedir demissão tenha a possibilidade de saque integral do valor depositado

FGTS: na visão do sindicato patronal, projeto não vai de encontro ao propósito original do FGTS de ser uma proteção ao trabalhador demitido sem justa causa (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

FGTS: na visão do sindicato patronal, projeto não vai de encontro ao propósito original do FGTS de ser uma proteção ao trabalhador demitido sem justa causa (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 12 de abril de 2018 às 16h00.

Última atualização em 12 de abril de 2018 às 16h09.

São Paulo - O Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (Sinduscon-SP) publicou nesta quinta-feira, 12, uma nota se manifestando contrariamente ao Projeto de Lei do Senado (PLS) 392/2016. "O projeto coloca em risco o financiamento de habitação e o investimento em saneamento e infraestrutura", apontou.

O PLS 392/2016 altera a legislação para permitir que o trabalhador que pedir demissão tenha a possibilidade de saque integral do valor depositado em sua conta no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Hoje, o trabalhador não pode movimentar seu saldo no fundo quando pede demissão, a não ser que haja acordo entre empregado e empregador, o que permite o saque de até 80% do valor.

Na visão do sindicato patronal, este projeto não vai de encontro ao propósito original do FGTS de ser uma proteção ao trabalhador demitido sem justa causa.

O Sinduscon-SP também lembrou que, em 2017, o fundo já foi alvo do saque de R$ 42 bilhões de contas inativas. "O fundo constantemente sofre tentativas de ter seus recursos desviados para outros fins", reclama.

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