Projeções: para este ano, previsão de inflação continua em 7,34%, e do PIB foi de -3,16% para -3,2% (ThinkStock)
Da Redação
Publicado em 5 de setembro de 2016 às 09h18.
São Paulo - A perspectiva para a taxa básica de juros em 2017 foi reduzida, ao mesmo tempo em que melhorou tanto o cenário para a inflação quanto para o crescimento econômico do Brasil.
Os economistas ouvidos semanalmente pelo Banco Central na pesquisa Focus passaram a ver a Selic a 11 por cento no final do ano que vem, contra 11,25 por cento na semana anterior.
Para este ano, eles continuam vendo a taxa básica de juros, atualmente em 14,25 por cento, a 13,75 por cento.
O grupo de economistas que mais acerta as previsões no levantamento, o Top-5, também prevê a Selic a 13,75 por cento este ano, mas continua vendo a taxa a 11,25 por cento no fim de 2017.
Na semana passada, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC manteve a Selic em 14,25 por cento ao ano e retirou de seu comunicado a expressão de que não há espaço para corte de juros, usada nos últimos meses.
Diante disso, o mercado de juros futuros passou a mostrar apostas divididas entre a possibilidade de corte da Selic no mês que vem e a manutenção em 14,25 por cento.
A expectativa agora gira em torno da divulgação da ata dessa reunião na terça-feira, quando os investidores buscarão mais pistas sobre os próximos passos da política monetária.
Para a inflação, o Focus divulgado nesta segunda-feira mostrou que a expectativa de alta do IPCA em 2016 continua em 7,34 por cento, mas para o ano que vem a estimativa chegou a 5,12 por cento, 0,02 ponto percentual a menos do que no levantamento anterior.
A estimativa de contração do Produto Interno Bruto (PIB) este ano agora é de 3,20 por cento, sobre queda de 3,16 por cento na semana anterior. Mas a expansão esperada em 2017 melhorou e é de 1,30 por cento, ante 1,23 por cento.