Homem passa em frente a sede do Banco Central, em Brasília: projeções para a inflação estão distantes do centro da meta (Dado Galdieri/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 2 de dezembro de 2013 às 08h02.
Brasília – A projeção de instituições financeiras para a inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), este ano, caiu pela terceira semana seguida. Desta vez, a leve redução foi de 5,82% para 5,81%. Há quatro semanas, a estimativa estava em 5,85%, acima do resultado do ano passado (5,84%).
Para 2014, a estimativa foi mantida em 5,92%. As estimativas são de pesquisa feita pelo Banco Central (BC), o boletim Focus, divulgado semanalmente. O BC consulta instituições financeiras sobre os principais indicadores econômicos.
As projeções para a inflação estão distantes do centro da meta de 4,5%, mas abaixo do limite superior de 6,5%. É função do BC fazer com que a inflação convirja para o centro da meta.
Um dos instrumentos usados pelo BC para influenciar a atividade econômica e, por consequência, a inflação, é a taxa básica de juros, a Selic. Neste ano, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC elevou a Selic seis vezes seguidas. Na última reunião de 2013, a Selic foi elevada em 0,5 ponto percentual para 10% ao ano. Para o final de 2014, o mercado continua esperando que a Selic esteja em 10,5% ao ano.
A pesquisa do BC também traz a mediana das expectativas para a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe), que segue em 3,97%, este ano, e em 5,40%, em 2014.
A projeção para o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) foi alterada de 5,45% para 5,41%, este ano, e segue em 6% em 2014. Para o Índice Geral de Preços de Mercado (IGP-M), as projeções foram ajustadas de 5,55% para 5,41%, este ano, e de 6% para 5,98% no próximo ano.
A estimativa para os preços administrados foi mantida em 1,50%, em 2013, e segue em 3,80%, no próximo ano. Os preços administrados são aqueles cobrados por serviços monitorados, como combustíveis, energia elétrica, telefonia, medicamentos, água, educação, saneamento e transporte urbano coletivo.