Economia

Projeção para crescimento da economia cai mais uma vez

Projeção de instituições financeiras para o crescimento da economia, este ano, está cada vez menor, e chegou a 0,9% segundo o Boletim Focus


	Notas de real: na semana passada, a projeção era 0,97%
 (Andrew Harrer/Bloomberg)

Notas de real: na semana passada, a projeção era 0,97% (Andrew Harrer/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 28 de julho de 2014 às 10h23.

Brasília - A projeção de instituições financeiras para o crescimento da economia, este ano, está cada vez menor.

A estimativa para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, ficou em 0,9%, após passar por nove reduções consecutivas.

Na semana passada, a projeção era 0,97% e há quatro semanas, 1,1%.

Para 2015, a estimativa segue em 1,5% há quatro semanas seguidas.

Essas projeções são de pesquisa semanal feita pelo Banco Central (BC) a instituições financeiras sobre os principais indicadores econômicos e consolidadas na publicação do órgão Boletim Focus.

A estimativa para a produção industrial permance em 1,15% de retração, este ano, e em 1,7% de crescimento, em 2015.

O Boletim Focus também mostra que o mercado financeiro não espera alterações na taxa básica de juros, a Selic, há oito semanas seguidas.

No último dia 16, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC optou por manter a Selic em 11% ao ano, pela segunda vez seguida, após a taxa ter passado por um ciclo de nove altas consecutivas para conter a inflação.

A Selic é usada como instrumento para influenciar a atividade econômica e, consequentemente, a inflação.

Quando o Copom aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso gera reflexos nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.

Ao manter a Selic, o comitê indica que elevações anteriores foram suficientes para controlar a inflação.

Na ata da última reunião do Copom, o comitê avaliou que a inflação ainda deve manter-se resistente nos próximos trimestres, mas tende a convergir para a meta no futuro, caso a Selic se mantenha.

Para 2015, os analistas das instituições financeiras esperam que a Selic volte a subir.

A expectativa é que a taxa básica chegue ao final de 2015 em 12% ao ano.

O BC precisa encontrar equilíbrio ao tomar decisões sobre a taxa de juros, de modo a fazer com que a inflação fique dentro da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional.

O centro da meta definido pelo governo é 4,5%, com limite superior de 6,5%.

A estimativa das instituições financeiros para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), este ano, tem sido reduzida mas ainda está próxima do teto da meta.

De acordo com a estimativa das instituições financeiras, o índice deve fechar o ano em 6,41%, contra 6,44% estimados na semana passada.

Para 2015, a projeção subiu de 6,12% para 6,21%.

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