Notas de real: para 2015, a projeção foi mantida em 6,01% (Marcos Santos/USP Imagens)
Da Redação
Publicado em 22 de abril de 2014 às 09h14.
Brasília - A projeção de instituições financeiras para a inflação subiu pela sétima semana seguida.
A estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) passou de 6,47% para 6,51%, este ano.
Para 2015, a projeção foi mantida em 6,01%.
Essas são as projeções de instituições financeiras consultadas todas as semanas, pelo Banco Central, sobre os principais indicadores da economia.
A estimativa para o IPCA em 2014 superou o limite superior da meta que é 6,5%.
Essa meta tem como centro 4,5%. É função do Banco Centra fazer com que a inflação fique dentro da meta.
Um dos instrumentos usados para influenciar a atividade econômica e, consequentemente, a inflação é a taxa básica de juros, a Selic.
Quando o Comitê de Política Monetária do Banco Central aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida. Isso reflete nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.
Já quando o Copom reduz os juros básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, mas a medida alivia o controle sobre a inflação.
O BC tem que encontrar equilíbrio ao tomar decisões sobre a taxa básica de juros, de modo a fazer com que a inflação fique dentro da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional.
A projeção das instituições financeiras para a Selic foi mantida em 11,25% ao ano, ao final de 2014, e em 12% ao ano, no fim de 2015.
A pesquisa semanal do BC também traz a mediana das expectativas para a inflação verificada pelo Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI), que passou de 7,28% para 7,35%, em 2014, e segue em 5,50%, em 2015.
Para o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), a estimativa foi mantida em 7,20%, este ano, e em 5,50%, em 2015.
A estimativa da inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe) segue em 6,19%, este ano, e em 5%, em 2015.