Focus: estimativa de expansão do PIB foi mantida em 0,92% este ano (filipefrazao/Getty Images)
Agência Brasil
Publicado em 18 de novembro de 2019 às 09h21.
Última atualização em 18 de novembro de 2019 às 10h34.
Na esteira dos dados mais recentes de atividade econômica, a expectativa de crescimento da economia em 2019 seguiu em 0,92%, conforme o Relatório de Mercado Focus, divulgado nesta segunda-feira, 18, pelo Banco Central. Há quatro semanas, a estimativa de alta era de 0,88%.
Para 2020, o mercado financeiro alterou a previsão de alta do Produto Interno Bruto (PIB), de 2,08% para 2,17%. Quatro semanas atrás, estava em 2,00%.
Na quinta-feira passada, o BC informou que seu Índice de Atividade (IBC-Br) teve expansão de 0,44% em setembro ante agosto, na série com ajustes sazonais. No até setembro, o indicador acumulou alta de 0,80%, na série sem ajustes.
Em setembro, o BC atualizou, por meio do Relatório Trimestral de Inflação (RTI), sua projeção para o PIB em 2019, de aumento de 0 8% para elevação de 0,9%.
Para a inflação calculada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), as apostas das instituições financeiras este ano voltou a subir. A estimativa para o índice passou de 3,31% para 3,33%, no segundo ajuste consecutivo.
Para os anos seguintes não houve alterações: 3,60%, em 2020, 3,75% em 2021, e 3,50% em 2022.
As projeções para 2019 e 2020 estão abaixo do centro da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. A meta de inflação, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é 4,25% em 2019, 4% em 2020, 3,75% em 2021 e 3,50% em 2022, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.
O principal instrumento usado pelo BC para controlar a inflação é a taxa básica de juros, a Selic. Quando o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC reduz a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica.
Quando o Copom aumenta a Selic, a meta é conter a demanda aquecida e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. O mercado financeiro continua esperando que a Selic encerre 2019 no patamar de 4,50% ao ano. Atualmente, a Selic está em 5% ao ano. Para 2020, a expectativa caiu de 4,50% para 4,25% ao ano.
Para 2021, a expectativa é que a taxa Selic termine o período em 6% ao ano. Para o fim de 2022, a previsão é 6,50% ao ano.
A previsão para a cotação do dólar segue em R$ 4 para o fim de 2019 e 2020.
No Focus desta segunda-feira, a projeção para a produção industrial de 2019 foi de baixa de 0,70% para retração de 0,68%. Há um mês, estava em queda de 0,65%. No caso de 2020, a estimativa de crescimento da produção industrial passou de 2,16% para 2,30%, ante 2,29% de quatro semanas antes.
A pesquisa Focus mostrou ainda que a projeção para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB para 2019 foi de 56,00% para 56,15%. Há um mês, estava em 56 10%. Para 2020, a expectativa permaneceu em 58,30%, ante 58,00% de um mês atrás.