Economia

Projeção de inflação tem 3ª queda seguida e passa para 7,23%

Mesmo com as reduções, a estimativa para a inflação em 2016 estoura o teto da meta, que é 6,5%; para 2017, a projeção foi mantida em 5,07%


	Preços: para 2017, a projeção não supera o teto da meta (6%), mas ultrapassa o centro, que é 4,5%
 (Getty Images)

Preços: para 2017, a projeção não supera o teto da meta (6%), mas ultrapassa o centro, que é 4,5% (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 3 de outubro de 2016 às 09h52.

Instituições financeiras consultadas pelo Banco Central (<a href="https://exame.com.br/topicos/banco-central"><strong>BC</strong></a>) reduziram, pela terceira vez seguida, a projeção de <a href="https://exame.com.br/topicos/inflacao"><strong>inflação</strong></a>, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (<a href="https://exame.com.br/topicos/ipca"><strong>IPCA</strong></a>), neste ano, de 7,25% para 7,23%. </p>

Para 2017, a projeção foi mantida em 5,07%. Essas estimativas são da pesquisa Focus, elaborada pelo BC com base em projeções de instituições financeiras para os principais indicadores da economia.

Mesmo com as reduções, a estimativa para a inflação em 2016 estoura o teto da meta, que é 6,5%. Para 2017, a projeção não supera o teto da meta (6%), mas ultrapassa o centro, que é 4,5%.

O principal instrumento usado pelo BC para controlar a inflação é a taxa básica de juros, usada nas negociações de títulos públicos no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic). Quando o Comitê de Política Monetária (Copom) aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida e isso gera reflexos nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.

Por outro lado, quando o Copom reduz os juros básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, mas a medida alivia o controle sobre a inflação. Quando mantém a taxa, o Copom considera que ajustes anteriores foram suficientes para alcançar o objetivo de controlar a inflação.

Desde julho de 2015, os juros básicos estão em 14,25% ao ano, no maior nível desde outubro de 2006. As instituições financeiras mantiveram a projeção para a Selic em 13,75%, ao final deste ano, e em 11%, no fim de 2017.

A projeção de queda do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, se mantevem em 3,14%, este ano. Para 2017, a expectativa de crescimento também não foi alterada: 1,30%.

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