Economia

Produtor de frango pode ir à OMC contra a UE

Brasília - Os produtores de frangos brasileiros já se armaram para entrar com um painel na Organização Mundial do Comércio (OMC) contra a União Europeia (UE), caso o bloco não recue em relação a medidas protecionistas adotadas depois da crise financeira e que devem interferir nas exportações brasileiras do produto. Ontem, o presidente da União […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h45.

Brasília - Os produtores de frangos brasileiros já se armaram para entrar com um painel na Organização Mundial do Comércio (OMC) contra a União Europeia (UE), caso o bloco não recue em relação a medidas protecionistas adotadas depois da crise financeira e que devem interferir nas exportações brasileiras do produto.

Ontem, o presidente da União Brasileira de Avicultura (Ubabef), Francisco Turra, apresentou a insatisfação do setor com a questão durante o 4.º Encontro Empresarial Brasil-União Europeia, realizado em Brasília, e informou que a papelada jurídica já está pronta. "A ordem é entrar (contra o bloco) na OMC se não houver avanço nas negociações", disse.

Em 2006, o Brasil já ganhou um painel contra a UE, quando foram estabelecidas cotas de importação com tarifas menores para a carne de frango. Além disso, a recente vitória no setor de algodão animou muito os produtores a tentarem nova investida recorrendo à arbitragem internacional.

Atualmente, o Brasil conta com tarifas reduzidas para a quantidade de frango entregue dentro da cota (350 mil toneladas por ano). O que está fora dela, no entanto, é sobretaxado, levando o produto congelado daqui ter preço similar aos cortes frescos europeus. A proposta da Ubabef é a de o bloco econômico adote uma tarifa média - baseada nessas duas existentes hoje.

O Brasil é o maior exportador de frango do mundo, com envio para 153 mercados. Até 2008, o maior importador era o bloco europeu, responsável por compras anuais de 525 mil toneladas. Em 2009, houve uma queda de 9% nas exportações para UE, atingindo 495 mil toneladas e fazendo com que a Arábia Saudita assumisse a liderança das importações do produto (497 mil toneladas). Só no primeiro semestre de 2010, houve queda de 17% nas vendas na comparação com idêntico período de 2009. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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