Economia

Indústria acumula perda de 2,0% nos 3 últimos meses

Rio de Janeiro - A produção industrial brasileira acumula perda de 2,0% depois de três quedas sucessivas, em abril, maio e junho, nas comparações mês a mês. No mês passado, a queda da produção foi de 1,0% em relação a maio, a menor redução desde dezembro de 2008, período de auge da crise econômica mundial, […]

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h42.

Rio de Janeiro - A produção industrial brasileira acumula perda de 2,0% depois de três quedas sucessivas, em abril, maio e junho, nas comparações mês a mês. No mês passado, a queda da produção foi de 1,0% em relação a maio, a menor redução desde dezembro de 2008, período de auge da crise econômica mundial, quando a queda foi de 12,2%.

Os dados foram divulgados hoje (3) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)

Entre as quatro categorias pesquisadas pelo IBGE, os bens de consumo durável tiveram a maior queda em junho (-3,2%). Bens de capital tiveram a primeira perda desde março de 2009 (-2,1%) e bens intermediários, a primeira redução na produção desde fevereiro deste ano (-0,7%). Os bens de consumo semiduráveis e não duráveis também tiveram a terceira perda consecutiva (-0,8%).

"O menor ritmo de junho já vinha sendo observado em maio e abril, quando o setor industrial já mostrava uma acomodação no seu ritmo produtivo. Para esse mês [junho], especificamente, esse perfil de queda, que se dá na maior parte dos segmentos industriais, pode estar diretamente relacionado a alguns fatores como estoques mais elevados em determinados segmentos industriais e um menor ritmo em função da Copa do Mundo [devido à paralisação das atividades no horário dos jogos do Brasil]", afirmou o gerente de Análise e Estatísticas Derivadas do IBGE, André Macedo.

Apesar das perdas acumuladas em relação a março deste ano (quando a produção industrial foi recorde), o IBGE considera que a indústria ainda trabalha em patamares superiores aos de janeiro e fevereiro deste ano. Por isso, mesmo com as quedas consecutivas (na comparação mês a mês), o segundo trimestre deste ano teve um aumento de 1,4% na produção em relação ao primeiro trimestre.

"Essa queda acumulada dos três últimos meses, com uma perda de 2,0% nesse período, precisa ser relativizada. Em março, o setor industrial atingiu seu ponto mais elevado, o que ajuda a entender um pouco esse menor ritmo em junho e nos dois meses anteriores", disse Macedo.

Segundo o IBGE, a produção acumulada no primeiro semestre deste ano teve o maior crescimento desde o início da série histórica do instituto, em 1991. A expansão no primeiro semestre deste ano foi de 16,2%, em relação ao primeiro semestre de 2009.

André Macedo alerta, no entanto, que o bom resultado do primeiro semestre de 2010 é explicado, em parte, pelo desempenho dos seis primeiros meses de 2009, quando a produção industrial teve uma forte queda devido à crise econômica mundial.

Leia mais notícias sobre a indústria

Acompanhe o twitter de economia da Exame

Acompanhe tudo sobre:América LatinaCrescimento econômicoDados de BrasilDesenvolvimento econômicoIndústriaIndústrias em geral

Mais de Economia

Morre Ibrahim Eris, um dos idealizadores do Plano Collor, aos 80 anos

Febraban: para 72% da população, país está melhor ou igual a 2023

Petróleo lidera pauta de exportação do país no 3º trimestre

Brasil impulsiona corporate venturing para atrair investimentos e fortalecer startups