Economia

Produção industrial no Brasil cai 1,8% em setembro, diz IBGE

Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, a produção caiu 2,0 por cento

Produção industrial brasileira registrou queda de 1,8 por cento em setembro (Paulo Whitaker/Reuters)

Produção industrial brasileira registrou queda de 1,8 por cento em setembro (Paulo Whitaker/Reuters)

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Reuters

Publicado em 1 de novembro de 2018 às 09h16.

Última atualização em 1 de novembro de 2018 às 10h24.

São Paulo - A produção industrial do Brasil terminou o terceiro trimestre com queda acima do esperado em setembro, depois de a fabricação de automóveis pressionar com força o setor no mês.

Em setembro, a produção da indústria registrou perdas de 1,8 por cento em relação a agosto, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira.

Esta foi a terceira queda seguida, período em que a produção acumulou redução de 2,7 por cento. O dado veio bem pior do que aexpectativa em pesquisa da Reuters de recuo de 0,8 por cento.

Na comparação com setembro de 2017, houve queda de 2,0 por cento, ante projeção na pesquisa de recuo de 0,4 por cento.

O resultado mensal da produção industrial apresentou perdas de forma generalizada entre as categorias econômicas, tendo como destaque o recuo de 5,5 por cento na fabricação de Bens de Consumo Duráveis.

Esse resultado foi influenciado, em grande parte, pela queda de 5,1 por cento na produção de automóveis, veículos automotores, reboques e carrocerias.

"A redução nas exportações de veículos, especialmente para a Argentina devido à crise econômica naquele país, combinada a um ambiente de incerteza política e econômica que freia o investimento do empresário e as decisões do consumidor brasileiro" contribuíram para a queda na produção de veículos, explicou o gerente da pesquisa, André Macedo, em nota.

De acordo com o IBGE, foi verificado um grande número de fábricas de automóveis com paralisações ou férias coletivas no mês de setembro.

Entre as outras categorias econômicas, os Bens de Capital, uma medida de investimento, apresentaram retração de 1,3 por cento, enquanto os Bens Intermediários tiveram queda de 1,0 por cento.

As eleições presidenciais marcadas por fortes incertezas e associadas ao ritmo fraco da atividade vinham afetando o consumo e o ímpeto de investimentos no país. Os sinais ainda indicam fraqueza à frente, uma vez que em outubro a confiança da indústria recuou pela terceira vez seguida diante da piora no cenário de negócios.

Na mais recente pesquisa Focus realizada pelo Banco Central com economistas, a projeção é de uma expansão da indústria em 2018 de 2,71 por cento, com uma expectativa de crescimento do PIB de 1,36 por cento.

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