O resultado estimado para a produção industrial (PIM-PF) medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na comparação com maio de 2012 é de um crescimento de 1,6% (REUTERS/Stefano Rellandini)
Da Redação
Publicado em 27 de junho de 2013 às 14h41.
Rio de Janeiro - O indicador de produção industrial do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) aponta para um recuo de 1,6% da indústria em maio na comparação com o mês imediatamente anterior. A estimativa é baseada na análise de indicadores antecedentes e também leva em conta o forte resultado registrado no mês de abril.
O resultado estimado para a produção industrial (PIM-PF) medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na comparação com maio de 2012 é de um crescimento de 1,6%. Em abril, a produção do setor registrou alta de 8,4% ante o mesmo mês de 2012 e de 1,8% na margem.
O Ipea não faz a abertura dos dados por atividade, mas o técnico Leonardo Mello de Carvalho avalia que a produção de bens duráveis deve ser afetada pela menor produção de veículos.
Já os bens de capitais tendem a manter um bom desempenho. Ele destaca que a produção de abril deixou um carregamento positivo e que se houver crescimento zero em maio e junho a indústria crescerá a uma taxa positiva de 1,5% no trimestre.
De acordo com o Ipea, os indicadores antecedentes do mês de maio "sinalizam para um cenário ainda incerto no tocante a uma recuperação mais vigorosa da indústria", diz a Carta de Conjuntura apresentada nesta quinta-feira, 27, pelo instituto.
Entre os indicadores citados está o PMI, indicador de atividade do setor manufatureiro que passou de 50,8 pontos em abril para 50,4 pontos em maio, o menor patamar em sete meses.
Os dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) para a produção de automóveis também desacelerou em maio, avançando 0,8% ante o mês anterior. O fluxo de veículos pesados em estradas e as vendas de papelão ondulado, também termômetros da produção, registraram quedas de 4,1% e de 3,2% na margem, respectivamente.
"Abril foi um mês muito forte em termos de atividade por um efeito relevante de dias úteis. Foi um ponto fora da curva", diz o coordenador do Grupo de Estudos de Conjuntura do Ipea, Fernando Ribeiro, para quem o segundo trimestre terá uma evolução similar à do primeiro quando houve alta forte em janeiro, recuo em fevereiro e um resultado positivo no trimestre.