Economia

Produção industrial da eurozona cai 0,3% em novembro

Segundo agência oficial Eurostat, retração do setor foi de 4% em termos anuais


	Operário trabalha em fábrica de sabão na França: economistas esperavam uma variação positiva de 0,1% em novembro e retração anual de 3,2%
 (REUTERS/Jean-Paul Pelissier)

Operário trabalha em fábrica de sabão na França: economistas esperavam uma variação positiva de 0,1% em novembro e retração anual de 3,2% (REUTERS/Jean-Paul Pelissier)

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Da Redação

Publicado em 14 de janeiro de 2013 às 08h07.

Bruxelas - A produção industrial da zona do euro caiu em novembro pelo terceiro mês consecutivo ficando, ante expectativa de analistas de alta, mas o final de 2012 provavelmente marcou o ponto mais forte da recessão do bloco.

A produção industrial nos 17 países que adotam o euro como moeda caiu 0,3 por cento em novembro sobre outubro, informou a agência de estatística oficial Eurostat nesta segunda-feira.

Em termos anuais, a retração do setor foi de 4 por cento. Alemanha, França e Itália respondem por dois terços da produção total do bloco. Economistas consultados pela Reuters esperavam uma variação positiva de 0,1 por cento em novembro e retração anual de 3,2 por cento.

A crise da dívida na zona do euro fez o bloco entrar em uma espiral negativa de queda na confiança dos consumidores e aumento do desemprego. Essas duas variáveis reduziram a demanda por bens industrializados.

Apesar de a zona do euro ter evitado uma ruptura no ano passado, as famílias estão sendo bastante afetadas com as turbulências.

A produção de bens de consumo duráveis, como televisão, caiu quase 8 por cento em novembro sobre 2011. Mas a de maquinários cresceu 0,7 por cento em novembro sobre outubro, após dois meses de quedas, dando um indicador positivo sobre negócios no futuro.

Se a fabricação desses bens de capital continuar a crescer, o Banco Central Europeu terá mais um sinal de que a economia do bloco está se recuperando da recessão e que a economia atingiu seu menor nível no quarto trimestre do ano passado.

"O pior já passou", afirmou David Mackie, economista do JP Morgan. "Acreditamos que a zona do euro vai deixar a recessão no primeiro semestre deste ano."

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