Tripulação trabalha em uma plataforma de petróleo da Petrobras na Baía da Guanabara, em Niterói (Dado Galdieri/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 9 de janeiro de 2014 às 18h09.
Rio de Janeiro - A produção de petróleo no Brasil ficou praticamente estagnada em novembro em relação a outubro, apesar da entrada em operação de novos sistemas produtivos da Petrobras, que responde por 92 por cento da produção nacional.
A extração de óleo alcançou 2,081 milhões de barris por dia em novembro, alta de 0,1 por cento ante outubro e de 1,8 por cento ante novembro de 2012, informou nesta sexta-feira a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
Paradas programadas para manutenção de plataformas que atendem a exigências de segurança da agência reguladora têm restringido o aumento de produção de petróleo no Brasil. A estatal relatou que realizou em novembro paradas em plataformas do Polo Nordeste.
O campo de Papa-Terra, localizado na bacia de Campos e operado pela estatal, entrou em novembro em produção por meio da plataforma P-63. O volume médio de petróleo produzido no novo campo ficou em torno de 4,3 mil barris diários.
Outros dois sistemas em testes de produção no campo de Lula ajudaram a Petrobras a aumentar a produção no pré-sal da bacia de Santos.
Pré-Sal e Quema de Gás
A produção no pré-sal atingiu 412 mil barris de óleo e gás natural por dia em novembro, um aumento de 10,8 por cento em relação ao mesmo anterior.
A queima de gás, que é limitada pela agência reguladora, disparou em novembro, por causa da entrada de sistemas de produção ainda sem escoamento por gasodutos no pré-sal.
"Por serem sistemas provisórios, não há linhas de escoamento do gás natural produzido, sendo quase que totalmente queimado nessas plataformas", explicou a ANP, em nota à imprensa.
A queima de gás natural foi de aproximadamente 3,8 milhões de metros cúbicos por dia em novembro, um aumento de aproximadamente 34,2 por cento ante outubro e redução de 16,4 por cento em relação ao mesmo mês em 2012.
Em novembro, 313 concessões operadas por 24 empresas foram responsáveis pela produção nacional. Destas, 80 são concessões marítimas e 233 terrestres.