Economia

Produção de petróleo do pré-sal supera pela 1ª vez a do pós-sal

O pré-sal é uma camada de reservas petrolíferas situadas abaixo de uma área de rocha salina no litoral brasileiro; o pós-sal está acima dessas camadas

Petróleo: a produção no Brasil atingiu 2,675 milhões de barris por dia em junho (Agência Petrobras/Divulgação)

Petróleo: a produção no Brasil atingiu 2,675 milhões de barris por dia em junho (Agência Petrobras/Divulgação)

AB

Agência Brasil

Publicado em 31 de julho de 2017 às 18h36.

Última atualização em 31 de julho de 2017 às 18h37.

A produção de petróleo no Brasil atingiu 2,675 milhões de barris por dia, em junho deste ano.

De acordo com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o volume representou uma alta de 0,8%, se comparado ao mês anterior, e de 4,5% em relação a igual período em 2016.

Pela primeira vez, a produção de petróleo no pré-sal (1,352 milhão de barris por dia), superou a registrada no pós-sal (1,321 milhão de barris por dia).

Já a produção de gás natural no Brasil atingiu 111 milhões de metros cúbicos por dia (m³/d), o que equivale a uma elevação de 7,4% em relação ao que foi produzido no mesmo mês em 2016 e em 6,1% na comparação com maio.

O pré-sal é uma camada de reservas petrolíferas situadas abaixo de uma profunda área de rocha salina no litoral brasileiro.

O pós-sal está acima dessas camadas e, portanto, em profundidade menor.

A ANP informou ainda que a produção do pré-sal em junho teve origem em 77 poços e totalizou 1,686 milhão de barris de óleo equivalente por dia (boe), que é o padrão de medida correspondente à energia liberada pela queima de um barril de petróleo bruto. Esse volume representa aumento de 6,4% em relação ao mês anterior.

A produção no pré-sal em junho correspondeu a aproximadamente 49,6% da produção de petróleo e gás brasileiro.

Ainda no pré-sal, a produção de gás natural ficou perto de 53 milhões de m³/d.

O aproveitamento de gás natural em junho chegou a 95,9%. A queima do produto no mesmo mês ficou em 4,5 milhões de m³/d, um aumento de 21,6% se comparada ao mês anterior e de 27,7% em relação ao mesmo mês em 2016.

Conforme a ANP, a elevação se deu por causa do início do comissionamento da plataforma P-66, no campo de Lula.

Campos produtores

O maior produtor de petróleo e gás natural no mês foi o campo de Lula, na Bacia de Santos, que produziu, em média, 763 mil de barris por dia de petróleo e 33,6 milhões de m³/d de gás natural.

Os campos marítimos produziram 95,3% do petróleo e 80,8% do gás natural. A produção ocorreu em 8.220 poços, sendo 744 marítimos e 7.476 terrestres.

Os campos operados pela Petrobras produziram 94,1% do petróleo e gás natural.

De acordo com a ANP, também no mês passado, a produção nacional ficou a cargo de 300 concessões, operadas por 25 empresas. Desse total, 79 são concessões marítimas e 221 terrestres.

Uma das concessões produtoras está em atividade exploratória e produzindo por meio de Teste de Longa Duração (TLD). Outras sete são relativas a contratos de áreas contendo acumulações marginais.

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