Economia

Produção de eletroeletrônicos cai 8,7% em maio com greve de caminhoneiros

A maior queda na área eletrônica foi dos aparelhos de áudio e vídeo, num recuo de 22%

Em relação a maio do ano passado, a redução na produção do setor eletroeletrônico foi de 5,5% (Roberto Setton/Exame)

Em relação a maio do ano passado, a redução na produção do setor eletroeletrônico foi de 5,5% (Roberto Setton/Exame)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 6 de julho de 2018 às 16h23.

São Paulo - A indústria de produtos e equipamentos elétricos e eletrônicos produziu 8,7% menos em maio na comparação com abril, segundo levantamento feito pela Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) na base de dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No mesmo período, a produção de toda a indústria da transformação caiu 10,9% e sobre maio de 2017 recuou 6,6%, segundo o IBGE.

O resultado foi influenciado pela greve dos caminhoneiros nos últimos dez dias em maio. O desempenho negativo atingiu tanto a área eletrônica (-11%) quanto a área elétrica (-6,3%). A maior queda na área eletrônica foi dos aparelhos de áudio e vídeo, num recuo de 22%. Apenas a produção de equipamentos de comunicação registrou acréscimo, de 5,5%.

No caso do segmento elétrico, destacou-se a retração de 16,3% na produção de eletrodomésticos. Somente apresentaram resultado positivo a produção de pilhas e baterias, de 4,7%, e de geradores, transformadores e motores elétricos, de 1,6%.

Em relação a maio do ano passado, a redução na produção do setor eletroeletrônico foi de 5,5%. Já no acumulado dos cinco primeiros meses de 2018, a produção total cresceu 9,1% em relação ao mesmo período de 2017. Essa elevação foi estimulada pelo incremento de 21,5% na área eletrônica, visto que a área elétrica recuou 1,5%.

"A greve dos caminhoneiros foi decisiva para o resultado, interrompendo um ciclo positivo que esperávamos há tanto tempo", afirma o presidente da Abinee, Humberto Barbato. Segundo ele, o impacto também foi sentido no nível de emprego, uma vez que o setor fechou mil postos de trabalho em maio. "A paralisação foi um grande desserviço à indústria, tirando a confiança do empresário e do consumidor. Infelizmente os reflexos deverão ser sentidos também no desempenho de junho", afirma.

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