Açúcar: moagem de cana somou 41,47 milhões de toneladas na primeira quinzena de junho (Andrey Rudakov/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 25 de junho de 2014 às 14h50.
São Paulo - A produção de açúcar do centro-sul do Brasil na primeira quinzena de junho somou 2,33 milhões de toneladas, alta de 14,8 por cento ante o final de maio, com avanço da colheita da cana favorecido pelo clima mais seco e um número maior de usinas em operação, disse a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica).
O esforço de aumentar a produção de açúcar nos primeiros quinze dias de junho se deve à preocupação de boa parte das empresas com a possibilidade de ocorrência de chuvas provocadas pelo fenômeno El Niño na segunda metade da safra, disse a Unica em nota.
A moagem de cana somou 41,47 milhões de toneladas na primeira quinzena de junho, contra 37,98 milhões de toneladas no final de maio.
O diretor técnico da Unica, Antonio de Padua Rodrigues, disse em nota que as usinas estão aproveitando a atual condição climática favorável à colheita para garantir a produção de açúcar necessária ao atendimento dos compromissos futuros já assumidos.
A Unica informou ainda que sete usinas iniciaram as atividades na primeira quinzena de junho, totalizando 269 unidades produtoras em moagem até o momento no centro-sul. A expectativa da Unica é que 16 empresas iniciem o processamento na safra 2014/15 a partir da segunda metade de junho.
Preocupações
O clima mais seco que favoreceu a expansão da colheita também levantou preocupações quanto à qualidade da safra. "A persistência do clima mais seco desde o início da safra tem, por um lado, favorecido a operacionalização da colheita, mas por outro prejudica severamente o desenvolvimento da planta, intensificando a quebra agrícola", disse Padua.
A produtividade agrícola da área colhida até o final de maio alcançou 78,4 toneladas de cana-de-açúcar por hectare, queda de 7,3 por cento no comparativo com o mesmo período do ano anterior. Especificamente em maio, o rendimento agrícola atingiu 80,0 toneladas por hectare, declínio de 6,4 por cento em relação ao mesmo mês de 2013.
Segundo a Unica, já existem unidades produtoras que estão reduzindo o ritmo de colheita para não avançar em áreas que não atingiram o estágio de desenvolvimento e maturação.