Economia

Produção de aço bruto do Brasil perde força em abril

Foram produzidos 2,949 milhões de toneladas do metal no mês, queda de 4% na comparação com março e praticamente o mesmo volume de um ano antes

Aço: produção de 11,6 milhões de toneladas no quadrimestre teve alta de 4,1% na comparação anual (Sean Gallup/Getty Images)

Aço: produção de 11,6 milhões de toneladas no quadrimestre teve alta de 4,1% na comparação anual (Sean Gallup/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 22 de maio de 2018 às 15h42.

São Paulo - A produção brasileira de aço bruto em abril desacelerou em relação ao início do ano em meio à recuperação lenta da economia, incertezas em torno do cenário eleitoral e redução nas exportações, segundo dados divulgados nesta terça-feira pela entidade que representa as siderúrgicas do país, IABr.

O Brasil produziu 2,949 milhões de toneladas de aço bruto em abril, praticamente estável sobre o volume de um ano antes e queda de 4 por cento na comparação com março.

No quadrimestre, a produção teve alta de 4,1 por cento sobre um ano antes, a 11,6 milhões de toneladas, ante um ritmo de 5 por cento de alta no primeiro trimestre, segundo os dados da entidade.

Os números corroboram a desaceleração vista por distribuidores de aço plano no mesmo período. Mais cedo, o presidente da entidade que representa os distribuidores, Inda, Carlos Loureiro, comentou que as vendas para todos os setores, com exceção do automotivo, perderam força no mês passado e que os estoques na cadeia subiram.

Para o analista Thiago Lofiego, do Bradesco BBI, apesar dos dados mais fracos de abril, o cenário está mais positivo para maio diante de compras acima do esperado pelos distribuidores, o que pode indicar que o setor está mais positivo sobre os próximos meses. "Continuamos confiantes sobre a recuperação do mercado de aços planos", disse Lofiego em nota a clientes.

Segundo o IABr, que também representa produtores de aços longos, as vendas no mercado interno, subiram 25 por cento em abril sobre o fraco desempenho de um ano antes, para 1,47 milhão de toneladas, puxadas por avanço de 32,5 por cento nos laminados planos, que são usados em setores como indústria automotiva.

Já as exportações das usinas caíram 17 por cento em abril sobre um ano antes, para 325 mil toneladas, ficando estáveis no quadrimestre, a 1,4 milhão de toneladas.

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