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Da Redação
Publicado em 19 de novembro de 2012 às 12h26.
São Paulo - A produção da indústria brasileira de transformação plástica encerrou setembro com uma queda de 1,29% no acumulado do ano até o fechamento do terceiro trimestre, em comparação a igual período de 2011.
No mesmo intervalo, a receita do setor com a venda de peças plásticas apresentou alta de 3,24%, para um total de R$ 35 bilhões, segundo dados divulgados nesta segunda-feira pela Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast).
Em setembro, o indicador de produção encolheu 6% em relação a agosto, interrompendo uma série de duas elevações consecutivas no terceiro trimestre. A queda teve origem na retração de todos os segmentos do setor plástico, com destaque para uma retração de 8,3% na área de embalagens plásticas.
O consumo aparente do setor, indicador que dimensiona a demanda doméstica por transformados plásticos, encerrou o período dos nove primeiros meses de 2012 com um total de R$ 43,1 bilhões, crescimento em termos nominais de 6% frente ao acumulado no mesmo período de 2011. A participação da produção nacional na demanda doméstica em 2012 ficou em 86%, sendo os 14% restantes referentes a importações.
O nível de produtividade do setor de transformados plásticos entre janeiro e setembro apresentou alta de 4,7% em relação ao ano passado, porcentual acima da elevação de 1,1% registrada no mesmo período de 2011. Porém, em setembro a taxa de produtividade encolheu 7% em relação a agosto, variação ocasionada pela elevação do nível de empregos, segundo a Abiplast.
Desde o início do ano, a indústria de transformação plástica gerou 6,7 mil empregos formais, o que eleva para 358 mil o número de vagas de trabalho no setor. A criação de empregos neste ano, porém, é 18% menor do que a registrada nos nove primeiros meses de 2011.
Essa tendência, de acordo com o presidente da Abiplast, José Ricardo Roriz Coelho, é reflexo da perda de competitividade do setor, análise que pode ser sustentada em números. Desde janeiro, o setor de transformados plásticos acumula um déficit comercial de US$ 1,6 bilhão, número 20,4% superior ao registrado no mesmo período do ano passado.