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Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 10h26.
A produção industrial caiu em oito das doze regiões pesquisadas pelo Instituto de Pesquisa e Geografia Estatística (IBGE) em julho deste ano. Quando comparados com o mesmo mês do ano passado, os índices negativos aparecem no Nordeste (-6,8%), na Bahia (-8,1%), no Ceará (-4,3%), em Pernambuco (-2,8%) e Santa Catarina (-4,6%) - regiões, segundo o IBGE, mais dependentes do mercado interno do que de exportações.
Além destas, também sofreram retração - ainda que tenham ficado acima da média nacional, que foi de -2,5% - as indústrias de São Paulo (-2,1%), Rio de Janeiro (-1,6%) e Rio Grande do Sul (-1,2%). Estes resultados foram influenciados não só pelas quedas em segmentos que atendem ao mercado interno, como têxtil, vestuário e calçados, e minerais não-metálicos, mas também por fatores específicos a cada um dos locais. Em São Paulo, por exemplo, há pressões negativas da indústria farmacêutica (também voltada ao mercado interno e fortemente concentrada neste estado), e na de material de transporte. A indústria fluminense foi negativamente influenciada pelo comportamento do segmento químico (derivados de petróleo) e material elétrico e de comunicações. No Rio Grande do Sul, a grande influência veio da queda da indústria de fumo, importante na estrutura industrial local.
Com perfil exportador, o Espírito Santo continua liderando a expansão regional, com índice de 12,5% em julho. O aumento da produção de petróleo no estado também ajudou, segundo o IBGE. As outras três áreas com índices positivos no comparativo julho 2003/julho 2002, foram Paraná (5,8%), região Sul (1%) e Minas Gerais (0,1%).
No acumulado dos primeiros seis meses do ano, seis locais registraram queda na produção: Santa Catarina (-3,4%), Pernambuco (-3,3%), Ceará (-2,2%), Minas Gerais (-2,1%), Nordeste (-1,4%) e São Paulo (-1,1%). Nas demais áreas, os resultados são: Rio de Janeiro (0,5%), Sul (1,0%), Bahia (2,1%), Rio Grande do Sul (2,3%), Paraná (3,5%) e Espírito Santo (18,0%).