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Da Redação
Publicado em 17 de maio de 2010 às 17h10.
Rio de Janeiro - A produção internacional de aço inoxidável deve crescer em 2010 entre 11 e 12 por cento segundo a ISSF (International Stainless Steel Forum). No primeiro trimestre, a produção de aço avançou 54,6 por cento, de acordo com a entidade.
"A ISSF acredita que a indústria vai retomar a produção normal no último trimestre de 2010 e em 2011", disse a jornalistas o secretário-geral da entidade, Payet Gaspar, em sminário do setor no Rio de Janeiro.
"O aumento de 54,6 por cento no primeiro trimestre não é sustentável ao longo do ano. A base era fraca e a produção no começo de 2009 foi quase a mais baixa da década devido à recessão global", acrescentou o executivo ao destacar que, se as previsões deste ano se confirmarem, a produção de aço inoxidável voltará aos níveis de 2007.
A estimativa é de que a demanda real por aço inoxidável no mundo irá crescer 7,5 por cento este ano, contra uma queda de 12,4 por cento no ano passado.
O consumo de laminados a frio deve subir 8,6 por cento; o de laminados a quente, 3,5 por cento; e a demanda por aços longos, 6,7 por cento.
As Américas e Ásia/China devem alavancar a demanda este ano, com taxas de 6,2 e 9,7 por cento, respectivamente, e a demanda na Europa e na África deve crescer apenas 2,6 por cento, ante uma queda de quase 25 por cento no ano passado.
Sem expansão
O presidente da ArcelorMittal Inox Brasil, Paulo Magalhães, também enxerga uma recuperação do setor de inoxidáveis em 2010. Segundo ele, o consumo aparente, que inclui produção local e importações, deve crescer oito por cento este ano no Brasil, contra uma queda de quase 30 por cento no ano passado.
A estimativa é de que o consumo aparente retorne aos níveis anteriores à crise global, se aproximando do patamar de 315 mil toneladas observado em 2008. No ano passado, em razão da crise, o consumo de aço inoxidável plano foi 240 mil toneladas.
"A indústria terá uma recuperação este ano, mas nós da Arcelor não temos nenhum projeto de expansão no Brasil, visto que ainda exportamos 30 por cento da nossa produção", disse Magalhães, ao lembrar que a empresa tem um market share de cerca de 78 por cento na produção de aços planos inoxidáveis no Brasil.