Economia

Privatização dos Correios: ativo e passivo serão revelados até setembro

Dois consórcios farão avaliação econômico-financeira e resultados serão apresentados ao mercado em plataforma criada com essa finalidade; leilão deve acontecer em março

Correios: estudos do BNDES vão definir valor do ativo e passivo (Tomaz Silva/Agência Brasil)

Correios: estudos do BNDES vão definir valor do ativo e passivo (Tomaz Silva/Agência Brasil)

CA

Carla Aranha

Publicado em 15 de julho de 2021 às 14h04.

De acordo com determinações legais referentes a processos de privatização, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), realizou a seleção para definir o segundo grupo que fará a seleção econômico-financeira dos Correios -- a estatal deverá ser privatizada até março do ano que vem. A BR Partners venceu a concorrência.

Quer saber tudo sobre a corrida eleitoral de 2022? Assine a EXAME e fique por dentro.

Os levantamentos da BR Partners deverão levar em conta os estudos que já vêm sendo elaborados pelo BNDES em conjunto com o Consórcio Postar, formado pela Accenture e Machado, Meyer, Sendacz, Opice e Falcão Advogados, encarregado de analisar o modelo de alienação da estatal.

Outro consórcio, a Carta Brasil (composto pela KPMG e Manesco, Ramires, Perez, Azevedo Marques Sociedade de Advogados) vem conduzindo outro importante aspecto do negócio, a avaliação contábil-patrimonial, jurídica e técnico-operacional.

O Carta Brasil e a BR Partners apresentarão avaliações econômico-financeiras independentes para a operação de desestatização dos Correios ao fim dos trabalhos, como preconiza a lei, que devem ser concluídos até setembro.

“Para um projeto de desestatização tão relevante para o Brasil como o dos Correios, é importante termos empresas experientes que vão nos ajudar a criar o melhor modelo de desestatização que beneficie o país e a população", diz Fábio Abrahão, diretor de Concessões e Privatizações do BNDES.

Os estudos também vão levantar o valor do ativo e passivo dos Correios, assim como o valuation da empresa. De acordo com o BNDES, as informações serão compartilhadas com o mercado por meio de uma plataforma online.

Os Correios serão vendidos integralmente em um leilão que deverá ser realizado em março do ano que vem.

O próximo passo para a desestatização é a votação do projeto de lei 591/21, que acaba com o monópolio da estatal em relação ao setor postal. O parecer do relator do PL, o deputado Gil Cutrim (Republicanos/MA) já está pronto. A previsão é que seja encaminhado ao plenário da Câmara no ínicio de agosto.

Assine a EXAME e acesse as notícias mais importantes em tempo real.

Acompanhe tudo sobre:BNDESCorreiosEmpresas estataisPrivatização

Mais de Economia

Isenção de IR para quem ganha até R$ 5 mil recairá sobre grandes empresas, diz Rodrigo Maia

A crescente força das gerações prateadas no Brasil

Haddad diz que consignado privado pelo eSocial terá juro "menos da metade" do que se paga hoje

Desafio não vai ser isentar, vai ser compensar com quem não paga, diz Haddad, sobre isenção de IR